NK Consultores – A integração de conhecimento, o desenvolvimento de inovações e o uso de novas tecnologias, associados à produção de imunizantes no Brasil, são fundamentais para o combate à dengue no país, além da vacinação da população em tempo hábil e a adoção das medidas tradicionais de prevenção da doença. A avaliação foi feita nesta quarta-feira (6), em audiência pública, na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT), que debateu as estratégias de combate efetivo da dengue no Brasil, destacou matéria da Agência Senado. O debate na comissão, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), é realizado no momento em que o país enfrenta uma epidemia de dengue. A integração de conhecimento, o desenvolvimento de inovações e o uso de novas tecnologias, associados à produção de imunizantes no Brasil, são fundamentais para o combate à dengue no país, além da vacinação da população em tempo hábil e a adoção das medidas tradicionais de prevenção da doença. Em 2024, o Brasil passa pela maior epidemia da doença, considerando somente os dois primeiros meses deste ano. Dados mais recentes do Ministério da Saúde indicam que oito estados brasileiros e o Distrito Federal concentram 91% de 1.253.000 casos de dengue notificados até 5 de março. Já são 299 mortes por dengue e 765 óbitos em investigação, magnitude de transmissão acima daquela verificada em 2023. Para o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), que propôs a realização da audiência pública (REQ 1/2024 – CCT), a ocorrência da dengue é verificada há muitos anos, “e já está mais do que na hora de aplicar conhecimento e tecnologia para isso ser mitigado”. Pesquisador em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luciano Andrade Moreira defendeu a importância de programa de combate hoje presente em 14 países, como Indonésia, Austrália, Vietnã e Colômbia, e no Brasil conduzido desde 2012 pela Fiocruz. O método — que envolve a liberação de mosquito aedes aegypti infectado com a bactéria wolbachia, para controle de dengue, zyka e chikungunya — consiste na liberação de wolbitos (aedes aegypti com wolbachia) para que se reproduzam com os aedes aegyptis locais e seja estabelecida uma nova população desses insetos, todos com wolbachia. Algumas iniciativas que podem contribuir para o combate a dengue, como o Brasil Biotec, Cabbi, Remonar e Rede Vírus, entre outros, foram citadas pelo coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Thiago de Mello Moraes. Ele defendeu programas de integração regional de cooperação e o desenvolvimento de uma frente múltipla para desenvolvimento de uma nova vacina contra a dengue usando vetores virais ou tecnologia de RNA, feita a partir de um componente sintético que corresponde a uma determinada proteína do agente infeccioso. De acordo com o diretor médico do Instituto Butantan, José Alfredo de Souza Moreira, a dengue é um problema de saúde pública que ultrapassa fronteiras. Ele ressaltou que vacina experimental vem sendo desenvolvida há mais de dez anos com base nos quatro sorotipos da doença, apresentando resultados primários de eficácia e segurança com aproximadamente 80% de proteção para todas as formas gerais de dengue sintomática. Para acessar a matéria completa, clique aqui.