Brasília, urgente

Espera por diagnóstico de dermatite atópica no SUS pode chegar a uma década, alerta médico

Profissionais ouvidos nesta segunda-feira (9), na Câmara dos Deputados, pela Comissão Externa da Primeira Infância alertaram para a demora no diagnóstico dos casos de dermatite atópica, que pode chegar a uma década na rede pública, informou a Agência Câmara.

O colegiado trabalha para a criação do dia nacional para conscientização sobre essa doença (23 de setembro), como já acontece com a psoríase e a artrite reumatoide, que são consideradas doenças incapacitantes. Esse será o tema de um projeto de lei a ser apresentado nos próximos dias pela comissão. A ideia é divulgar informações sobre a dermatite atópica, bem como debater políticas públicas direcionadas ao tratamento. No comando do ambulatório de dermatite atópica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) há 15 anos, o médico Omar Lupi alertou que o intervalo de tempo entre a primeira manifestação da doença e o início do tratamento dura em média nove anos e meio.

Ele salientou ainda que a doença está relacionada ao aumento de hospitalização por comorbidades, como doenças que afetam o sistema imunológico. A representante da Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), Bruna Rocha, também se mostrou preocupada com a demora para diagnosticar a doença. Segundo levantamento da instituição, 50% das pessoas levaram mais de 12 meses para serem diagnosticadas e 75% dos entrevistados precisaram consultar mais de três especialistas.


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