Brasília, urgente

Farmacêuticas pressionam ANS para facilitar cobertura de planos a medicamentos de alto custo

NK Consultores – Em disputa com os planos de saúde, grandes farmacêuticas querem que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) modifique as regras que impuseram mais uma etapa à cobertura de medicamentos especiais de alto custo, informou a Folha de S. Paulo. Em carta, os laboratórios pedem que a agência altere as regras, reduzindo as etapas previstas para que produtos classificados como ’de terapia avançada’ sejam cobertos pelos planos. Pedem revisão por meio de debates e consultas públicas. Até o momento, existem somente cinco registros nessa categoria. Entre eles estão produtos para doenças raras ou linhas de tratamento oncológico fabricados por Novartis, Janssen e Gilead. Um deles é o Zolgensma, da Novartis, usado para o tratamento de crianças com até seis meses diagnosticadas com AME (Atrofia Muscular Espinhal) tipo 1. O custo elevado da terapia –que pode superar R$ 8 milhões, segundo operadoras– vem preocupando executivos do setor de planos de saúde. Procurada, a FenaSaúde, que representa as operadoras de planos de saúde, não quis comentar. Em setembro, a entidade disse, em comunicado, que via rigor científico nas novas regras estabelecidas pela ANS para a cobertura de tratamentos de terapia avançada. Em nota, a Abramge (Associação Brasileira dos Planos de Saúde) disse que está à disposição para participar ’debates técnicos e de análises de impacto regulatório’. ’A Abramge destaca a importância da autonomia das agências reguladoras. A entidade afirma, com base em experiência consolidada, a observância pela ANS de todos os ritos regulatórios necessários para fundamentar decisões outorgadas pela sua diretoria colegiada’, disse a entidade. A ANS afirma que a nova regra garante a segurança do consumidor. ’É preciso salientar que esse grupo de terapias recebeu uma classificação especial da Anvisa, por meio da criação de uma categoria específica, motivo pelo qual a diretoria colegiada da ANS decidiu, em setembro, que era necessário proteger o consumidor, ao tornar indispensável o estudo das terapias por meio da ATS (Avaliação de Tecnologias em Saúde)’, disse, em nota. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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