Brasília, urgente

Fiocruz: Tendência de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda em crianças perde força

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta quinta-feira (8) ter detectado uma perda de força na tendência de aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) em crianças no país. Nesse grupo, lembrou a fundação, havia sinais de aumento de ocorrências nas últimas semanas, informou o Valor Econômico. As informações constam da mais recente edição do Boletim Infogripe, veiculado hoje. O documento é divulgado semanalmente desde começo da pandemia em 2020 como forma de monitorar, de forma sistemática, os casos de SRAG no país – considerados muitas vezes como subnotificação de covid-19.

O boletim compreende a semana entre 28 de agosto a 3 de setembro, com base em dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 5 de setembro. No comunicado da Fiocruz sobre o tema, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, detalhou que os dados laboratoriais não sugerem que o aumento recente de incidência de SRAG na população infantil tenha sido causado por internações decorrentes da covid-19. “Por se tratar de crescimento restrito ao público infantil, temporalmente associado ao retorno escolar após o período de férias, é possível que esse crescimento esteja ligado a vírus respiratórios comuns ao ambiente escolar’, observou, no informe. No caso da população total, de todas as faixas etárias, o estudo mostra sinal de queda em número de casos de SRAG, nas tendências de longo, ou seja, nas últimas seis semanas; e curto prazo, nas últimas três semanas.

A curva nacional vem apontando para patamar inferior ao observado no mês de abril, até então o mais baixo desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil, informou ainda a Fiocruz. Já nos casos totais de vírus respiratório, os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem indicando para amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, o causador da covid-19, especialmente na população adulta. Nas últimas quatro semanas, até a semana compreendida pelo boletim, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,4% para influenza A; 0,2% para influenza B; 6,5% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 68% para Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,9% para VSR; e 93,4% para Sars-CoV-2.


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