Brasília, urgente

Gargalos tecnológicos em hospitais privados poderiam ser resolvidos via healthtechs

Cerca de 68% dos gestores e líderes de inovação de hospitais privados afirmaram que os principais gargalos tecnológicos nas instituições em que atuam poderiam ser resolvidos através de startups e healthtechs ou com a ajuda de empresas especializadas na área. É o que indica o mapeamento realizado em parceria pelas associações Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) durante os meses de junho e julho de 2022, informou o portal Medicina S/A. Apenas 29% acreditam que as soluções viriam de equipes internas.

Os principais problemas identificados pelos profissionais ouvidos são retenção de profissionais (17%), incorporação de inovação e tecnologia (16%), experiência do paciente (14%), gestão de processos (12%) e integração de sistemas (10%). “A dependência de poucos sistemas voltados ao segmento de hospitais torna o processo de integração e aquisição de novas tecnologias mais lento e complexo”, afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp. “A missão é tornar o processo como um todo mais fluido. Um profissional da assistência, atualmente, destina 60% do seu tempo de trabalho à bancada burocrática”, reitera Helen Mazarakis, diretora operacional da ABSS. Entre os desafios do setor na área tecnológica, 24% mencionaram a falta de interoperabilidade sistêmica, especialmente entre prontuários eletrônicos e registros da assistência via telemedicina, 24% a dificuldade de engajar o corpo clínico em novas tecnologias, 24% a falta de padrão na jornada do paciente, 9% a falta de padrão nos protocolos e 9% as inconsistências no faturamento.

Quando questionados sobre quanto teriam deixado de faturar em função dos gargalos diários, 37,6% informaram entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões, 20,8% até R$ 500 mil, 16,8% entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, 12,9% entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, 7,9% acima de R$ 10 milhões e 4% entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. Em relação a investimentos em algum sistema, tecnologia, consultoria ou startup especializada nos desafios de negócio nos últimos dois anos, 85,1% informaram que houve, sim, esta aplicação, enquanto 10,9% disseram que não e 4% não souberam informar. Cerca de 70% relataram que os investimentos realizados trouxeram resultados práticos, enquanto 19% sinalizaram não ter identificado benefícios.


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