Brasília, urgente

Governo não garante vacina a quem desrespeitar plano federal

O Ministério da Saúde divulgou uma nota nesta quarta-feira (1º) em que adverte que “não garantirá doses para estados e municípios que adotarem esquemas vacinais diferentes” do definido no Plano Nacional de Imunizações. De acordo com a Folha de S.Paulo a divulgação ocorreu poucas horas depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar que a aplicação de doses de reforço no estado deve começar na segunda-feira (6) para a população acima de 60 anos e imunossuprimidos, em datas específicas por faixa etária. A medida amplia o público-alvo definido pelo Ministério da Saúde para o reforço, o qual foi estabelecido para idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos. Além disso, o estado também tem citado que deve usar, entre outros imunizantes, doses da Coronavac. Já a previsão federal fala em usar prioritariamente doses da Pfizer ou, como alternativa, da Janssen e AstraZeneca —sem citar a vacina produzida pelo Butantan. Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (1º), o Ministério da Saúde diz que as decisões sobre a aplicação das doses de reforço e outras medidas “são baseadas em evidências científicas, ampla discussão entre especialistas, cenário epidemiológico, população-alvo, disponibilidade de doses e autorização de órgãos regulatórios, como a Anvisa”. 


VACINAÇÃO

São Paulo começa a aplicar 3ª dose a partir de segunda e quer imunizar maiores de 60 anos até outubro O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou em coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (1º), o calendário de vacinação da terceira dose contra a covid-19 para idosos e imunossuprimidos, informou o jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com o cronograma, o governo estadual começará a imunizar com a dose adicional o público acima de 90 anos na próxima segunda-feira (6). Já a vacinação de outros grupos com mais de 60 anos e de imunossuprimidos acima de 18 anos acontece nas semanas seguintes e se estende até o dia 10 de outubro. O governo de São Paulo informou que, ao todo, as terceiras doses serão destinadas a 7,2 milhões de pessoas. A primeira fase da campanha de vacinação, que vai até o dia 10 de outubro, pretende imunizar 1 milhão desse total. A vacinação com a terceira dose, de acordo com o governo estadual, foi planejada para atender grupos acima de 60 anos que já tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses. Confira abaixo o cronograma apresentado, clique aqui


SÃO PAULO 

‘Passaporte da vacina’ entra em vigor e será obrigatório para eventos com mais de 500 pessoas O “passaporte da vacina”, exigido a partir desta quarta-feira (1º), nos eventos com mais de 500 pessoas em São Paulo, encontra resistência entre bares, restaurantes e lojas de shopping, locais onde a adesão ainda é facultativa. No setor de eventos, empresas correm com adaptações de última hora para atender a medida, destacou o jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com o decreto publicado no sábado, 28, organizadores de shows, feiras, congressos e jogos deverão solicitar comprovante de vacinação do cidadão de pelo menos uma dose contra covid-19. O documento pode ser físico ou digital (plataformas e-Saúde, VaciVida e ConectSus). A verificação será feita por QR Code pelo aplicativo E-saúde da Prefeitura. A iniciativa procura evitar a disseminação da covid-19 na cidade. A medida obriga o setor de eventos a se adaptar. Um dos primeiros eventos a testar a nova medida é a Abcasa.Fair, evento de decoração de design no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo. Realizado desde segunda-feira, a feira exige a apresentação do comprovante da 1ª dose da vacina para a retirada de credencial a partir desta quarta-feira (1º).


VARIANTE DELTA

Número de casos cresce 86% no Brasil em uma semana O Brasil atingiu nesta terça-feira (31), um total de 2.613 casos confirmados da variante Delta do novo coronavírus, registrando um aumento de 86% em relação ao número de diagnósticos positivos contabilizados até terça passada (1.405), apontam dados reunidos pelo Ministério da Saúde. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo a alta expressiva no número de casos, contudo, pode ter influência na alteração na forma de análise da variante pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, os casos da Delta foram registrados no Distrito Federal (181) e nos seguintes Estados: Alagoas (3), Amapá (5), Amazonas (18), Bahia (3), Ceará (96), Espírito Santo (7), Goiás (47), Maranhão (7), Minas Gerais (102), Pará (5), Paraíba (87), Paraná (76), Pernambuco (15), Rio de Janeiro (907), Rio Grande do Norte (3), Rio Grande do Sul (230), Santa Catarina (63), São Paulo (757) e Tocantins (1). No Rio de Janeiro, Estado com o maior número absoluto de casos, a Delta já corresponde a 86% dos casos de covid-19 sequenciados, segundo mapeamento da Rede Corona-Ômica de vigilância genômica do novo coronavírus no Estado. Em junho, os casos de Delta eram apenas 6%. No mês seguinte, saltaram para 48%; agora, são maioria absoluta. Ao todo, a Delta já resultou em ao menos 67 mortes em todo o País.     


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