Sem mortes por Covid-19 há dois meses, com leitos de enfermaria vazios há 30 dias e mais de 40 dias sem enviar pacientes para UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) de cidades vizinhas, Cabrobó, no sertão de Pernambuco, aponta para novas realidades da pandemia. Ela, assim como outros pequenos municípios do país, não tem mais pacientes com o novo coronavírus internados em UTIs e há até casos em que leitos estão sendo desativados em hospitais devido à falta de pacientes com a doença. Segundo a Folha de S.Paulo a redução de casos e da média móvel de mortes em decorrência da doença —que baixou de mil diárias no último sábado (31) pela primeira vez desde 20 de janeiro— impulsionam o fechamento de vagas, ao ritmo em que a vacinação avança. Mas ela sozinha não faz milagres, aponta o epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana. Para ele, a redução verificada é fruto também de outros fatores, como a ampliação de leitos de UTI na fase crítica da pandemia. Especialistas também têm chamado a atenção para os riscos da variante delta, que começou a se espalhar pelo país. Mais contagiosa que a cepa comum do coronavírus, a delta provocou uma disparada de casos em países da Europa e nos EUA, levando-os a rever medidas que já tinham abandonado, como o uso de máscaras.
BRASIL
Queda no registro de mortes por covid pela 5ª semana seguida, mas circulação do vírus é alta
Boletim divulgado nesta sexta-feira (6), pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz aponta que, pela quinta semana consecutiva, o Brasil apresentou redução tanto nos casos de contaminação quanto de mortes por covid-19, informou o jornal O Estado de S.Paulo. Ainda assim, os pesquisadores apontam que permanece alta a circulação do vírus, fato comprovado tanto pelos testes com resultado positivo, quanto pela incidência de notificação de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). Os números se referem à última semana do mês de julho, e segundo o boletim se reflete na ocupação dos hospitais, que vem apresentando “relativo alívio”. Apesar disso, os valores continuam em patamares considerados elevados. Segundo os números levantados, a redução nos índices de contaminação acotece em velocidade menor do que a de número de mortes. O estudo ressalta que, em geral, as curvas que apresentam os índices de contaminação e de mortes apresentam defasagem de duas semanas, motivada pela própria evolução da doença e do quadro clínico dos pacientes.
RECONHECIMENTO
Governo Federal homenageia médicos e personalidades por serviços prestados à saúde
Uma homenagem do Governo Federal a quem ajuda a desenvolver ações em prol da saúde de brasileiros em todo o País. É com esse intuito que 41 médicos, personalidades e autoridades receberam nesta quinta-feira (5), no Dia Nacional da Saúde, as Medalhas de Mérito Médico e de Mérito Oswaldo Cruz. As honrarias foram entregues pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Palácio do Planalto. Além da medalha, os homenageados receberam diplomas como certificado do reconhecimento pelo trabalho realizado na área. “Vivemos um momento singular na história contemporânea do Brasil e do mundo. A emergência de saúde pública de importância internacional de Covid-19 abalou nossa sociedade e impôs mudança de hábitos. Ao mesmo tempo, impulsionou esforços coletivos para combater o novo coronavírus, além de desenvolver, produzir e distribuir vacinas e produtos médicos em tempo recorde. Não faltaram exemplos inspiradores de dedicação para salvar vidas e promover a ciência”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Veja os medalhistas
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Relator propõe diálogo com diferentes setores em comissão sobre planos de saúde
O relator da proposta que muda o funcionamento dos planos de saúde suplementar no País (PL 7419/06 e mais 247 projetos apensados), deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), apresentou o plano de trabalho nesta quinta-feira (5) para análise do texto na comissão especial sobre o tema. O foco, segundo o relator, será o diálogo entre os parlamentares e as diferentes entidades ligados ao setor, como representações das operadoras dos planos de saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos prestadores de serviços de saúde, das associações médicas, de entidades de defesa do consumidor e da sociedade em geral. Há 15 anos o tema tramita na Câmara, a partir de projeto que muda a Lei dos Planos de Saúde. Na legislatura passada, o deputado Hiran Gonçalves foi presidente da comissão especial então criada para tratar do tema, mas que não chegou a votar a proposta por falta de acordo. Agora como relator, o deputado prevê, no plano de trabalho, a discussão de questões como a cobertura dos planos de saúde, o custeio de vacinas pelos planos, a escolha dos profissionais, o ressarcimento, o uso de telemedicina e o reajuste por faixa etária. A intenção é que o trabalho seja ágil, segundo Hiran Gonçalves.