Brasília, urgente

Médicos podem postar fotos de pacientes e mostrar ‘antes e depois’, decide CFM

NK Consultores – Práticas antes proibidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), publicar fotos de pacientes ou selfies dentro do consultório nas redes sociais agora são permitidas aos profissionais. O conselho apresentou uma nova resolução com atualização das regras para publicidade e propaganda da categoria médica nesta terça-feira, 12, informou o jornal O Globo. O texto permite, por exemplo, que médicos utilizem imagens relacionadas aos seus pacientes ou provenientes de bancos de imagens de forma educativa, desde que o material esteja ligado à especialidade registrada e acompanhado por legenda informativa. Já as demonstrações de “antes e depois” dos pacientes devem ser acompanhadas por imagens com indicações, resultados satisfatórios, insatisfatórios e potenciais complicações decorrentes da intervenção. As imagens devem ter o consentimento dos pacientes fotografados. Estes não devem ser identificados e as fotos não podem passar por edição. Sempre que possível, o profissional deve apresentar perspectivas de tratamento para diferentes biotipos e faixas etárias, abrangendo a evolução imediata, a médio prazo e a longo prazo. Segundo a regulação, as selfies com pacientes nos consultórios passam a ser permitidas ’desde que não tenham características de sensacionalismo ou concorrência desleal’. — É uma medida muito importante para a área de cirurgia plástica por podermos mostrar o trabalho que podemos realizar em estética geral. Publicar resultados proporciona mais informação e segurança aos pacientes e dá visibilidade ao trabalho — comenta o médico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Victor Hugo Cordeiro. Diversos itens agora permitidos ou proibidos pela lista já eram executados por profissionais da categoria. Contudo, segundo Cordeiro, publicar imagens de pacientes é uma prática mais comumente feita por pessoas sem o registro médico. Conforme o CFM, a nova resolução é resultado de um processo que durou mais de três anos, com consultas públicas, sugestões de especialistas e opiniões de sociedades médicas. Além de permitir ao médico mostrar o seu trabalho, o texto autoriza, entre outros, a divulgação dos preços das consultas, a realização de campanhas promocionais e investimentos em negócios não relacionados à área de prescrição do médico. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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