O Ministério da Saúde tirou adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades da lista de grupos cuja vacinação contra a covid-19 é recomendada. Por meio de nota informativa divulgada na noite desta quarta-feira (15), a pasta pede que sejam vacinados só os adolescentes com comorbidades ou privados de liberdade.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo o uso da vacina da Pfizer nesta faixa etária foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Parte das cidades, como Salvador e Natal, já mandou parar a imunização nessa faixa etária.
Já a capital paulista, por exemplo, informou que não vai suspender. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, em entrevista coletiva, que os adolescentes sem comorbidades que tomaram a 1.ª dose, por ora, não voltem para a 2.ª aplicação.
Já aqueles com comorbidade devem concluir o esquema vacinal. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, informou que 1.578 efeitos adversos foram registrados em adolescentes vacinados contra a covid-19. Destes, 1.378 foram erros de imunização – nestes casos, as pessoas receberam uma vacina ainda não recomendada para a sua faixa etária: AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. Medeiros citou ainda um efeito adverso grave, em investigação, registrado pelo Estado de São Paulo. Um adolescente de 16 anos teria morrido depois de ser vacinado.
A ligação entre o óbito e o imunizante não está comprovada. O ministério elenca outros pontos para justificar a decisão, clique aqui.