Brasília, urgente

Ministro defende atenção primária para reduzir morte por infarto e nega cortes na saúde

A redução da mortalidade por doenças cardiovasculares no país depende de uma ação conjunta de agentes de atenção primária à saúde e de atenção especializada, com a oferta de medicamentos para tratar rapidamente pacientes que sofrem infarto do miocárdio ou AVC (acidente vascular cerebral).

De acordo com matéria da Folha de S. Paulo, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, são essas estratégias coordenadas que podem auxiliar a reduzir os indicadores de morte por doenças cardíacas em um país continental e desigual como o Brasil, onde não há centros especializados para atendimento cirúrgico, nos casos mais graves, em todo o território. Ainda de acordo com o ministro, aliada ao atendimento primário está a oferta de cinco novos medicamentos na Farmácia Popular indicados para o tratamento de fatores de risco de doenças cardíacas, como hipertensão arterial e diabetes tipo 2.

A proposta do governo Bolsonaro para o Orçamento de 2023 prevê um corte de mais de 50% das verbas do programa. A incorporação dos novos remédios, declarou, permite o acesso a esses medicamentos além da utilização hospitalar, desonerando assim o governo federal na aquisição desses medicamentos no SUS. De acordo com o ministro, a redução é de longo prazo, e a mudança da remuneração dos municípios já possibilitou um aumento de cerca de R$ 8 bilhões do orçamento de saúde para atenção primária e básica aos entes municipais: de R$ 17 bilhões, em 2018, para R$ 25 bilhões, em 2022. Questionado se o corte recente de 42% do orçamento de saúde pelo governo federal não pode prejudicar o programa, o ministro negou a redução.


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