Brasília, urgente

OMS declara o fim da emergência de saúde da covid-19 no mundo

OMS declara o fim da emergência de saúde da covid-19 no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira (05) que a covid-19 não se classifica mais na condição de emergência global, marcando um fim simbólico para a devastadora pandemia que matou, oficialmente, pelo menos 7 milhões de pessoas e derrubou economias por todo o planeta desde que o primeiro caso registrado, na China, no final de 2019, informou o Valor Econômico. “É com grande esperança que declaro que a covid-19 superou [a fase] de uma emergência de saúde global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra. “Isso não significa que a covid-19 acabou como uma ameaça sanitária”, disse ele, acrescentando que não hesitaria em reunir especialistas para reavaliar a situação caso a doença “coloque nosso mundo em risco”. A OMS declarou a emergência da covid há mais de três anos. Funcionários da agência de saúde da ONU ressaltaram na sexta-feira que, embora a fase de emergência tenha terminado, a pandemia ainda não chegou ao fim — observando picos recentes de casos no Sudeste da Ásia e no Oriente Médio. E assinalaram que milhares de pessoas ainda estão morrendo todas as semanas. Em sua declaração, Tedros disse que a pandemia está em tendência de queda há mais de um ano, reconhecendo que a maioria dos países já voltou à rotina anterior à da covid-19. O diretor da OMS lamentou os danos que a covid causou à comunidade global, dizendo que o vírus destruiu negócios, exacerbou divisões políticas e mergulhou milhões na pobreza. Ele observou ainda que o número de mortes pode ter chegado a pelo menos 20 milhões — muito acima dos 7 milhões relatados oficialmente.

RECOMENDAÇÃO

Covid não acabou, e vacinação continua fundamental, diz ministra da Saúde

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta sexta-feira (5) que a Covid-19 não acabou e que a vacinação continua fundamental mesmo após a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar que a doença não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, informou a Folha de S. Paulo. ’O fim da declaração de emergência não significa o fim da circulação da Covid-19. Por isso, a vacinação segue como ação fundamental. Precisamos da mobilização de todos para ampliar a cobertura vacinal e combater a desinformação que questiona a segurança e a eficácia dos imunizantes’, declarou. No Brasil, a Covid-19 provocou mais de 700 mil mortes e 37,4 milhões de casos. ’Jamais nos esqueceremos das vidas perdidas. Essa memória tem que nos alimentar na reparação da dor, porque precisamos fazer isso, mas, ao mesmo tempo, da união pelo futuro, para que novas tragédias como essa não se repitam’, acrescentou a ministra. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, diz considerar esta sexta-feira um dia histórico. Contudo, ela afirmou à Folha que nada muda para o Brasil. As recomendações da pasta devem continuar sendo seguidas. Ethel também publicou um vídeo nas redes sociais para falar sobre o tema. ’É um dia histórico, um filme que passa na minha cabeça. Mas, para todos nós do Brasil, temos que continuar seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, nada muda nas nossas recomendações. Nós só chegamos neste momento por causa das vacinas, é fundamental que nós continuemos a nossa vacinação, que possamos continuar com nossos cuidados, principalmente com os mais vulneráveis’, disse. Para acessar a matéria completa, clique aqui.

ABATIMENTO

Lei prorroga dedução do IR para doações a programas contra câncer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promulgou a Lei 14.564, que prorroga a possibilidade de dedução no Imposto de Renda (IR) de doações feitas a programas voltados a pacientes com câncer e a pessoas com deficiência (PDCs). A norma foi publicada na quinta-feira (4) em edição extra do Diário Oficial da União, informou a Agência Senado. O texto é resultado do Projeto de Lei (PL) 5.307/2020, da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP). Para as pessoas físicas, a possibilidade de dedução fica estendida até 2025. Para as empresas, o abatimento vai até 2026. A regra vale para doações e patrocínios ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). O Pronon e o Pronas/PCD foram criados para incentivar ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos que atuam na oncologia e no campo das pessoas com deficiência. A intenção é ampliar a oferta de serviços e expandir a prestação de serviços médico-assistenciais, apoiar o treinamento de recursos humanos e promover pesquisas epidemiológicas e clínicas. Os programas receberam recursos das pessoas físicas até 2020 e, das jurídicas, até 2021. O limite de doação para todos os contribuintes é de 1% do IR devido.

          

TRIAGEM

Os 40 exames que você agora poderá fazer nas farmácias

Uma decisão da Diretoria Colegiada (Dicol) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desta semana vai ampliar o acesso da população a testes rápidos para uma série de doenças e outras análises, informou o jornal O Globo. A nova norma, aprovada na quarta-feira, permite que farmácias realizem os chamados exames de análises clínicas (EAC) no Brasil, antes restritos ao da Covid-19, devido à emergência da pandemia, e ao de glicemia. Com a novidade, que substitui uma resolução da Anvisa de 2005 num processo de revisão iniciado ainda em 2017, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) estima que mais de 40 tipos de exames poderão ser realizados nos locais. As novas regras passam a valer a partir de 1º de agosto. Em nota, a Anvisa explica que nova norma foi definida após uma evolução do setor de diagnósticos no país e pela resolução antiga evidenciar uma “defasagem da norma frente à realidade tecnológica”. Um dos pontos mencionados pela agência são as mudanças na relação dos brasileiros com os serviços de saúde, “impulsionadas pelas estratégias de enfrentamento à pandemia de Covid-19, que demandou novas formas de acesso à saúde e à ampliação do diagnóstico”. Porém, embora as novas regras liberam que drogarias façam todos os exames clínicos que tenham o processo de coleta e análise no local, a autoridade destaca que a modalidade de diagnóstico deve ter “caráter de triagem”. Isso quer dizer, segundo nota da Anvisa, que “não devem ser usados de forma isolada para a tomada de decisões clínicas”. “O resultado de um teste rápido necessita da interpretação de profissionais de saúde, que devem associá-lo aos dados clínicos do indivíduo e à realização de outros exames laboratoriais confirmatórios”. Para Fernando Marinheiro, diretor Comercial e Marketing da MedLevensohn, empresa que produz testes rápidos no Brasil, o cenário contribui para o desenvolvimento da cultura de testagem no país e incentiva a população a buscar os diagnósticos. Confira a lista de testes rápidos que poderão ser feitos em farmácias.


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