Com muito dinheiro no caixa após uma série de captações, o setor de saúde no Brasil passa por uma transformação, algo que já ocorre há mais tempo em outros mercados onde a atuação de empresas privadas é robusta, como nos EUA, publicou em matéria o Estado de S. Paulo. Segundo a publicação, nos últimos dois anos, o setor de saúde lidera o ranking de fusões e aquisições e reúne as maiores operações de compra de empresas no Brasil.
Apenas do início de 2021 até agora, foram cerca de 150 transações, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões – mesmo com a perspectiva de desempenho fraco da economia para este ano. Duas das maiores transações ocorreram nesse período: a fusão, por meio de troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e a NotreDame Intermédica. O surgimento de grupos gigantes, que leva a uma maior concentração de mercado, é acompanhado de perto pelos participantes do setor, que avaliam os efeitos desse avanço das empresas em seus próprios negócios.
Mesmo antes de se juntarem, Hapvida e NotreDame Intermédica já vinham protagonizando aquisições em série, com o objetivo de se tornarem empresas verticalizadas, o que significa que o cliente de seus planos de saúde é atendido pela rede de hospitais e clínicas da própria empresa. O receio de concorrentes é que com o tempo o grupo, agora com mais musculatura, avance em outros segmentos, como os de clientes de renda mais alta.