O custo de quase três anos de enfrentamento da covid-19 inclui milhões de enfermeiros desgastados por jornadas de trabalho abusivas e baixos salários, muitos dos quais deixaram a profissão, o que leva à falta de pessoal essencial nos hospitais, destacou reportagem do Valor Econômico.
Segundo a publicação, agora, com o relaxamento das restrições de viagem relacionadas à pandemia, países como Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Cingapura estão intensificando os esforços para atrair enfermeiros estrangeiros e outros profissionais da saúde com promessas de vistos mais rápidos e melhores salários. Os profissionais da saúde estão migrando há décadas. Os Estados Unidos e o Reino Unido têm o maior número de enfermeiros treinados no exterior entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas eles têm se concentrado em outras nações. Antes da pandemia, cerca de um em cada quatro enfermeiros da Nova Zelândia e Suíça estudaram no exterior, a maior proporção entre os 38 estados membros da OCDE.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para os riscos potenciais do aumento do recrutamento, principalmente para países em desenvolvimento. Historicamente, também houve preocupações com os direitos humanos e as condições de trabalho dos funcionários recrutados no exterior. Em sua assembléia anual em maio, a OMS pediu aos países e instituições que garantissem que estão usando padrões éticos de recrutamento para evitar o esgotamento do pessoal.