Brasília, urgente

Pesquisa compara SUS na busca de avanços e falhas

Um estudo inédito no Brasil vai investigar os avanços e as fragilidades do Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos seis meses a fim de identificar o estado atual do sistema e compará-lo com as gestões sanitárias de ao menos oito países, informou o Valor Econômico. A iniciativa, chamada de Partnership for Health System Sustainability and Resilience (PHSSR), é liderada internacionalmente pela London School of Economics (LSE) e será coordenado no país pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV Saúde).

Segundo o professor e pesquisador da FGV Adriano Massuda, que coordenará o trabalho no Brasil, o objetivo é destacar avanços que ocorreram com a universalização do acesso a saúde no país, além de identificar os principais desafios e ameaças e apontar prioridades que devem ser observadas para fortalecer a sustentabilidade e resiliência do sistema brasileiro. O resultado da pesquisa deve ser apresentado no início do ano que vem. Segundo o pesquisador, um dos pontos centrais a ser analisado é o modelo de financiamento do SUS em comparação aos sistemas de saúde universal de outros países. Este é um ponto crítico da sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro.

A perda de recursos federais é um fator crítico que tem diminuído a capacidade de resiliência do sistema”, afirma Massuda, destacando que a perspectiva para 2023 é ruim do ponto de vista do orçamento destinado à saúde pelo governo federal. Outra questão que será estudada de perto até o fim do ano é a governança do sistema brasileiro, marcado pela descentralização e protagonismo dos municípios como os principais prestadores de serviço na área. Além disso, a geração e a alocação de recursos.


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