Brasília, urgente

Por que exames para detectar doenças não são 100% confiáveis

NK Consultores – Poucos exames médicos são 100% precisos. Parte da razão é que as pessoas são inerentemente diferentes entre si, mas muitos exames também são elaborados em amostras limitadas ou tendenciosas – e o nosso próprio trabalho demonstrou que os pesquisadores podem superestimar deliberadamente a eficácia dos novos testes, destacou reportagem da BBC publicada na Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, nada disso significa que devemos deixar de confiar nos exames de diagnóstico, mas a melhor compreensão das suas potencialidades e fraquezas é essencial se quisermos empregá-los de maneira inteligente. Uma das principais razões dos exames de diagnóstico não serem perfeitos é o fato de que as pessoas são diferentes entre si. Uma temperatura alta para você, por exemplo, pode ser perfeitamente normal para outra pessoa. Nos exames de sangue, diversos fatores externos podem influenciar os resultados, como a hora do dia ou há quanto tempo você se alimentou pela última vez. Muitos modelos de diagnóstico são desenvolvidos com base em um pequeno número de amostras. Uma análise concluiu que a metade dos estudos de diagnóstico utiliza apenas pouco mais de 100 pacientes. É difícil ter um quadro real da precisão de um exame de diagnóstico com amostras tão pequenas. Para obter resultados precisos, os pacientes que utilizam o teste devem ter características similares às pessoas empregadas para o seu desenvolvimento. A avaliação de risco de Framingham, por exemplo, é amplamente utilizada para identificar pessoas com alto risco de doenças cardíacas. Ela foi desenvolvida nos Estados Unidos e sabe-se que sua eficácia é baixa entre os aborígenes australianos e as pessoas das ilhas do Estreito de Torres, no norte da Austrália. Disparidades de precisão similares foram encontradas nas ’avaliações de risco poligênico’, que combinam informações sobre milhares de genes para prever o risco de doenças. Recentemente foi identificado outro problema importante. Existem pesquisadores que exageram a precisão de alguns modelos para serem publicados. Reconhecer suas imperfeições fornecerá aos médicos e seus pacientes a fundamentação necessária para discutir o que significa cada resultado – e, o mais importante, o que deve ser feito em seguida. coberturas obrigatórias aos planos esteja sempre sujeita ao processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


Envie sua opinião