NK Consultores – A influenciadora Fabiana Justus, 37, emocionou seus milhares de seguidores ao compartilhar nas redes sociais seu diagnóstico de leucemia mieloide aguda. Por conta disso, esse tipo de câncer atingiu o pico de interesse de buscas no Brasil no final de janeiro, segundo o Google Trends. Os dados são compilados desde 2004, ano do início da série histórica da plataforma, destacou reportagem da Folha de S. Paulo. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o tipo mais comum de leucemia em adultos, e a incidência aumenta com a idade. No seu perfil do Instagram, a filha do empresário Roberto Justus falou sobre a doença e o início da quimioterapia. ’Eu já internei, fiz o exame para entender o que era, coloquei o cateter e comecei a quimioterapia. Sei que não vai ser fácil, mas eu estou muito positiva, confiante, minha família também, meus amigos e, principalmente, meus médicos’, emendou a influenciadora. Por causa da doença, Fabiana precisou parar de amamentar seu filho, Luigi, de seis meses. O médico Sérgio Brasil, coordenador de hematologia do Hospital Santa Paula, da rede Dasa, explica que isso é necessário porque os medicamentos usados na quimioterapia passariam para o leite materno e afetariam o bebê. Além disso, Fabiana, que também é mãe de gêmeas de cinco anos, ficou 34 dias internada e não podia receber visitas com frequência. Brasil diz que essa restrição é porque a quimioterapia vai reduzir a imunidade do paciente, deixando-o suscetível a infecções, o que poderia atrapalhar o tratamento contra o câncer. O médico Eduardo Rêgo, coordenador do Serviço de Leucemias Agudas do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), explica que o ideal é ter apenas um acompanhante ou dois que também se protejam. Há quatro principais tipos de leucemia: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (LLC). A leucemia é um câncer do sangue que se inicia na medula óssea, tecido esponjoso no interior de alguns ossos, onde ocorre a produção das células que circulam no sangue. Leva o nome de mieloide porque as células doentes se originam na linhagem mieloide, responsável pela formação de glóbulos vermelhos (hemácias que levam oxigênio para todas as células do corpo), plaquetas e a maior parte dos glóbulos brancos (também chamados de leucócitos, são responsáveis por combater infecções). Além disso, é aguda porque se desenvolve mais rápido e o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Neste tipo de leucemia, a medula óssea produz muitas células sanguíneas anormais que se acumulam pelo corpo. O tratamento é feito com quimioterapia e normalmente começa pela indução. Nesta etapa, é para que a medula óssea volte a funcionar normalmente, não necessariamente fazer a doença desaparecer. Por isso, se o paciente interromper o tratamento nesta fase, a doença pode retornar, diz Brasil. A segunda fase é a consolidação que pode ser feita com quimioterapia ou com um transplante de medula óssea. Para acessar a matéria completa, clique aqui.