A campanha Outubro Rosa faz efeito. Estudo publicado recentemente apontou que ela aumenta o número de mamografias realizadas em outubro, novembro e dezembro no Sistema Único de Saúde (SUS), destacou matéria do Portal Hospitais Brasil. Os índices de alta são de 33%, 39% e 22%, respectivamente, segundo a pesquisa internacional “Does Pink October really impact breast cancer screening?”, feita também por cientistas brasileiros. Foram analisados dados de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, com comparação dos quatro trimestres do ano. Contudo, o levantamento ainda aponta valores abaixo da média mensal nos demais meses do ano.
A mastologista Rafaela Cecílio Sahium, que atende no centro clínico do Órion Complex, reforça os dados da pesquisa e a importância da prevenção. “Acredito que o Outubro Rosa serve para conscientizar as mulheres da importância da realização dos exames das mamas e também do colo de útero a fim de detectar precocemente a doença. Além de incentivá-las a mudar o estilo de vida”. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, excluídos os cânceres relacionados a tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres. Para 2022, são estimados 66.280 novos casos da doença. A especialista destaca os sinais que precisam ser observados em relação à enfermidade. Rafaela Sahium relata que poucas são as mulheres que fazem o autoexame da mama.
“A maioria não sabe ou não lembra de realizá-lo e outras praticam de maneira inadequada. Na maioria das vezes, a mulher descobre o caroço casualmente, no banho ou ao se tocar, e até mesmo o parceiro que percebe. O autoexame não detecta o câncer precocemente, mas serve para o autoconhecimento do corpo e a percepção de alguma alteração palpável. Costuma- se realizá-lo sete dias após a menstruação, mensalmente”, explica.