Brasília, urgente

Projeto torna diagnóstico de câncer mais acessível às pessoas mais necessitadas

Lilian Moreira, de 40 anos, demonstra alívio ao receber das mãos de um técnico o envelope pardo, com um grafismo feminino e multicor, logomarca da ação “Mulheres Amigas Temporada Amazônia”, e o laudo de exame gratuito de mamografia que ela acabara de realizar, pela primeira vez, sem nenhum achado. “Não deu nada”, comemora timidamente a dona de casa, uma das 65 mulheres atendidas na segunda-feira pela equipe de atendimento na carreta da ação estacionada na quadra 21, na frente do CRAS Xerente, no setor Taquari, em Palmas.

Segundo explica matéria do Estado de S. Paulo, o biomédico e técnico em radiologia Elvio Oliveira coordena a ação e explica o atendimento. “A Mulheres Amigas Temporada Amazônia faz exames gratuitos de detecção e diagnóstico do câncer de mama entre as que vivem em situação de vulnerabilidade social. A paciente faz o exame de mamografia, caso a médica veja alguma suspeita na imagem, pede um complemento feito na carreta e, caso seja preciso diagnosticar fora daqui, a gente encaminha para um hospital parceiro da região.” Ao sul da capital do Tocantins, o Taquari é um dos mais distritos mais populosos em pessoas com alguma vulnerabilidade. Por isso, abriu a parceria entre a ONG Mulheres Amigas e a farmacêutica Daiichi Sankyo.

Para ser examinada, a mulher preenche um cadastro e é acionada pela equipe para o exame, caso atenda variáveis médicas e sociais. Entre os critérios médicos, de acordo com o coordenador Oliveira, terão prioridade as mulheres com algum sintoma, como dor ou caso de câncer de mama na família. Entre os critérios sociais, há o cadastro único da União ou receber algum auxílio do governo federal. Segundo a publicação, o diferencial da ação é a oferta do diagnóstico para mulheres acima de 40 anos. São dez anos abaixo da idade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um recorte importante para eventual detecção precoce da doença, como tem ocorrido na capital do Tocantins, que registra uma média de cinco casos suspeitos por dia.O projeto iniciado no dia 8 tem a meta de atender 800 mulheres do setor.


Envie sua opinião