Em meio a crescimento do trabalho informal, desvalorização da renda e empobrecimento da população, cerca de 47% dos brasileiros tiveram que ajustar o orçamento familiar e cortar despesas para não abrir mão do plano de saúde, destacou matéria do jornal o Globo. Segundo a publicação, é o que aponta uma pesquisa da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) sobre a relação da população com os tratamentos médicos.
A pesquisa não detalha o que as famílias tiveram que abrir mão para manter a assistência médica particular, mas mostra que, para a maioria dos brasileiros atendidos exclusivamente pelo SUS, o plano é um bem importante, mas inacessível. A proporção daqueles que desejam aderir à assistência é de 74%, mas para 76% a questão financeira é o que mais pesa na hora de contratar um plano de saúde.
Além disso, entre os que não têm plano de saúde e dependem do atendimento público, 60% nunca tiveram plano privado por questão financeira, e três em cada dez perderam o plano de saúde coletivo ao serem demitidos. Outros 68% precisaram de algum tipo de atendimento médico no último ano, mas relataram dificuldade no acesso via sistema público. O estudo apontou ainda que para 88% a necessidade de assistência médica permaneceu a mesma ou aumentou durante a pandemia.