Brasília, urgente

Realizada sessão especial para comemorar a campanha “Novembro Diabetes Azul”

NK Consultores – Foi realizada nesta sexta-feira (11) sessão especial no Plenário do Senado Federal a fim de comemorar a campanha de conscientização do mês do diabetes, o Novembro Diabetes Azul. O requerimento é do senador Alexandre Silveira (PSD-MG). 

A Presidente da Sessão, senadora Leila Barros (PDT-DF), aponta que no dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, o qual é um marco nas campanhas pela conscientização dessa doença. Nesse contexto, ressalta que o diabetes mellitus é uma doença epidêmica e crônica, cujo agravamento e complicações são severamente danosos para os doentes e suas famílias, salientando que tal dano afeta não apenas a saúde do paciente, mas também o sistema de saúde pública, especialmente o SUS. Também disserta sobre o propósito da sessão, o qual é conscientizar e lutar para que todos tenham acesso à o tratamento adequado.

Lucia Helena Modesto Xavier, representante da Associação de Diabetes Juvenil, traz dados alarmantes, os quais apontam que existem cerca de 588 mil pessoas com DM1 no Brasil, ressaltando que são mais de 234 mil pessoas que deveriam estar vivas, mas que, infelizmente, perderam a vida precocemente devido a complicações do diabetes. Assim, ressalta que a causa mais comum da morte de jovens que tem é a falta do diagnóstico, explicando a importância do diagnóstico precoce uma vez que os pacientes são insulinodependentes. Concluindo, aborda que é necessário melhorias nas políticas públicas a fim de trazerem medidas mais eficientes, como educação em diabetes e tratamento adequado.

Dhianah Santini, Coordenadora do Departamento de Campanhas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), ressalta a importância da educação no tratamento do diabetes, salientando que é o pilar do tratamento. Nesse sentido, aborda que não se consegue ter um bom controle sem educação, explicando que essa educação vai desde orientação em relação aos riscos, à prevenção, ao diagnóstico, aos cuidados, ao manuseio dos remédios, das insulinas, das complicações. Assim, aponta que a  única forma de se conseguir controlar a doença é com a educação em todos níveis e sentidos.

Karla Melo, Coordenadora do Departamento de Saúde Pública da SBD, também aponta o quão fundamental é a educação, explicando que é o primeiro passo do tratamento. Também disserta sobre o estreitamento de relação da Sociedade Brasileira de Diabetes com diversas áreas do Ministério da Saúde, explicando que se obteve muitos frutos com essa relação, como a incorporação de insulinas que têm uma ação muito melhor para a cobertura das refeições, que são os análogos de ação rápida e na colaboração da elaboração do protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para tratamento de pessoas com diabetes tipo 1 e também do diabetes do tipo 2.

Márcio Krakawer, Coordenador de Saúde Digital, Telemedicina e Inovação em Diabetes, aponta que as tecnologias têm um papel muito importante, uma vez que ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Assim, aborda que para se falar em controlar a glicose, não está se dizendo apenas em ter números, metas, mas que é preciso também ter qualidade de vida. Então, ressalta que a incorporação de novas tecnologias, sem dúvida nenhuma, tem a ver com o controle da glicose, mas também com a melhora dos parâmetros de saúde e que com a diminuição de chances de os pacientes terem complicações. Ressalta que essas tecnologias revolucionaram o tratamento do diabetes, exemplificando algumas delas, como, por exemplo, as bombas de insulina, que estão cada vez mais modernas, cada vez mais automáticas e se misturam com aparelhos que medem a glicose continuamente, sem a necessidade de a pessoa ter que se lembrar que tem diabetes o dia inteiro. Também aponta que considera importante na área da tecnologia, a telemedicina, que traz o acesso à saúde ou aos especialistas à distância.

Solange Travassos de Figueiredo Alves, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, aponta que o diabetes é hoje a maior causa de cegueira evitável em pessoas em idade produtiva, trazendo dados brasileiros publicados, durante a pandemia, de jovens entre 13 e 19 anos de idade com diabetes tratados em centros de referência: 20% deles já têm alguma complicação e cerca de 8,5% já começaram a ter a visão afetada. Também explica sobre um projeto de sua autoria, chamado “Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes”, o qual se trata de oftalmologistas que atendem gratuitamente, em suas clínicas privadas, acolhem as crianças humildes, e realizam o rastreamento da retinopatia, fazendo o exame da visão. Concluindo, salienta a importância de investir em educação, em prevenção, em diagnóstico precoce e em tratamento adequado do diabetes. 

Levimar Rocha Araújo, Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), ressalta também a importância da educação, abordando que é preciso educar os profissionais de saúde, os pacientes, para assim, se fazer um futuro melhor. Também expressa sua gratidão diante da realização da sessão especial.

Após as considerações finais, a sessão foi encerrada.


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