Brasília, urgente

Relatório inédito faz radiografia e aponta soluções para fortalecer o SUS

NK Consultores – Além de todos os impactos para a humanidade, a pandemia de Covid-19 colocou à prova os sistemas de saúde, que se viram pressionados para dar conta ao volume de pacientes não só com a infecção, mas com outras doenças. Pensar em políticas e estratégias para as futuras pandemias se tornou uma bandeira de estudiosos e o Brasil se tornou o primeiro país da América Latina a integrar uma iniciativa global que tem como foco analisar os pontos fracos e fortes das redes e apontar caminhos para que elas se tornem cada vez mais resilientes e sustentáveis, destacou matéria da Revista Veja. Em um relatório inédito com 42 recomendações, um estudo capitaneado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) propõe aumentar progressivamente o financiamento para a saúde, o acréscimo de tributos a produtos ligados a doenças crônicas, como tabaco, álcool e açúcar, além de planos de carreira para os profissionais como caminhos para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Nascida em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, a Parceria para Sustentabilidade e Resiliência do Sistema de Saúde (PHSSR, na sigla em inglês), já está presente em 30 países e tem reunido pesquisadores e gestores públicos e privados em torno de ações que são capazes de manter dois importantes pilares para os sistemas de saúde e que têm norteado estudos ao redor do mundo sobre o tema: resiliência, a capacidade de lidar e aprender com crises, e a sustentabilidade, que é manter o funcionamento do serviço sem perdas para os pacientes.

No Brasil, o relatório foi feito em parceria com o Fórum Econômico Mundial, Escola de Economia de Londres, AstraZeneca, Philips e KPMG, e foi apresentado para representantes do Ministério da Saúde e de entidades de saúde na semana passada na Embaixada do Reino Unido em Brasília. Para o estudo, foram analisados mais de 100 documentos a partir de agosto do ano passado por pesquisadores, entidades públicas e privadas, membros do governo e agências reguladoras. Nos sete eixos criados com base em blocos básicos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o documento enumera gargalos da saúde pública no Brasil, como a má distribuição de profissionais pelo país, desabastecimento de insumos e medicamentos essenciais e o aumento do consumo de itens que afetam a saúde. Mas também oferece soluções, como o alinhamento das ações dos ministérios da Saúde e da Educação – para incentivar a carreira dos médicos e demais profissionais da saúde -, aumentar o financiamento para a área de 4% para 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos, taxar produtos prejudiciais à saúde e fortalecer a capacidade de inovação disruptiva para medicamentos. Outra proposta é a criação de uma autoridade regional para conduzir a saúde pública no país. O modelo de parceria público-privada (PPP) também foi apontado como uma forma de fortalecer os sistemas. Para acessar a matéria completa, clique aqui.


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