Brasília, urgente

Remédios caminham para ter duplo aumento de preço em 2023

NK Consultores – Os medicamentos vendidos nas farmácias brasileiras caminham para sofrer dois reajustes em 2023, destacou matéria do Valor Econômico. Além do aumento anual autorizado pelo governo, a ser aplicado a partir de 1º de abril, as novas alíquotas de ICMS determinadas para remédios por mais de uma dezena de Estados, para compensar a limitação do tributo estadual incidente sobre combustíveis e energia, resultarão em produtos mais caros. O índice de ajuste anual de preços é estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e calculado a partir de algumas variáveis, a mais relevante delas o IPCA acumulado em 12 meses até fevereiro do ano em questão. Da inflação apurada no período, é descontada a produtividade da indústria farmacêutica (fator X) e, então, somados os custos de produção não captados pelo IPCA, entre os quais câmbio, energia e insumos (fator Y).

Há ainda o fator Z, que reduz progressivamente o desconto da produtividade para promover a concorrência nos diferentes segmentos de mercado. Para 2023, segundo uma fonte da indústria, a expectativa é de índice positivo de reajuste – em 12 meses até janeiro, o IPCA acumulava elevação de 5,87%. Em 2022, o reajuste anual autorizado para os medicamentos vendidos sob prescrição médica no país ficou em 10,89% e foi linear, válido, portanto, para os diferentes segmentos de mercado conforme o nível de competição. O reajuste pode ser aplicado em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos sujeitos a prescrição e, tradicionalmente, é oficializado em 31 de março. Mas, segundo as farmacêuticas, a aplicação do aumento não é imediata e automática. Vai acontecer, na verdade, à medida que haja reposição dos estoques e de acordo com a estratégia comercial das empresas. Também por causa disso o aumento efetivo dos preços de medicamentos fica, via de regra, abaixo da inflação. Para acessar a matéria completa, clique aqui.       


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