Brasília, urgente

Reportagem destaca que faltam metas claras às campanhas presidenciais para aumentar o financiamento da saúde

A saúde é o tema que mais preocupa os brasileiros, mas as campanhas dos candidatos à Presidência mais bem colocados nas pesquisas eleitorais não informam metas objetivas para enfrentar um dos principais problemas da área, o subfinanciamento do SUS, destacou análise de Claúdia Colucci publicada na Folha de S. Paulo. Os gastos públicos em saúde estão na ordem de 3,8% do PIB, e correspondem à metade da média dos países integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico). Já os gastos privados, especialmente os das famílias com planos de saúde e medicamentos, atingem 6,2%.

Em um ciclo de sabatinas realizadas pela Folha, a campanha de Lula (PT) garantiu que haverá aumento dos gastos públicos, com objetivo de torná-los superiores aos gastos privados, mas não definiu um percentual do PIB ou prazo para atingi-lo. Já a campanha de Bolsonaro não participou dos debates e também não respondeu às perguntas enviadas. A campanha de Ciro Gomes (PDT) se compromete em elevar os gastos públicos em saúde a 6% do PIB, mesma meta que consta em um pacto firmado em 2014 entre o Brasil e outros países e a Opas (Organização Panamericana de Saúde). Simone Tebet (MDB) promete atingir 5% nos próximos quatro anos e 6% até 2030.

Os presidenciáveis também concordam com a necessidade de melhorar a eficiência do SUS por meio de uma atenção primária mais bem qualificada e conectada aos demais níveis de atenção à saúde, como os ambulatórios e os hospitais, que trabalhariam em redes regionais. A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) não enviou representante para participar da sabatina.


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