Na busca por fontes de recurso para custear o piso nacional para profissionais da enfermagem, o Senado deve votar, na semana que vem, uma proposta que redireciona R$ 7 bilhões em repasses feitos originalmente para o combate da covid-19, mas que estariam ociosos nas contas dos fundos de saúde dos Estados e dos municípios, informou o Valor Econômico.
Segundo o relator do Orçamento para 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), a ideia é que a votação aconteça no Senado antes do primeiro turno das eleições. Já outras medidas, como a retirada do piso da enfermagem e do Auxílio Brasil do teto de gastos, só devem ser analisadas após as eleições. “Estamos tomando todas as providências junto ao STF para que o piso seja cumprido. Estamos nos mexendo, mostrando que estamos buscando uma solução e vamos encontrar. O Congresso se mobilizou, sob a liderança de Pacheco, para encontrar uma fonte de custeio para o piso”, disse Castro. “O piso foi estabelecido em valores bastante módicos. Um profissional de enfermagem de nível superior ganhando R$ 4.750 reais é uma coisa mais do que razoável”, defendeu.
Como os R$ 7 bilhões liberados pela medida são insuficientes para custear o piso, cujo impacto é de R$ 16 bilhões anuais, outras propostas estão na mesa. Mas segundo Castro, só devem ser avaliadas após a definição de quem será o presidente da República nos próximos quatro anos.