Brasília, urgente

SUS enfrenta carências severas para aprimorar diagnósticos de câncer de pulmão

NK Consultores – O câncer de pulmão é o que mais mata no mundo, além de ser segundo com maior incidência. O combate passa pela detecção precoce e tratamento adequado, destacou matéria do site Jota. Na última década, houve evoluções nesses pontos, com testes moleculares sofisticados, biópsias menos invasivas e drogas específicas para cada tipo de tumor – porém nem sempre eles atingem o SUS e todo o Brasil. No Brasil, onde o câncer de pulmão é o terceiro mais incidente em homens e o quarto em mulheres, o desafio é dar acesso a este novo arsenal de combate à neoplasia. Hoje, cerca de 90% dos cânceres pulmonares são diagnosticados já em estadio avançado, o que dificulta o tratamento. O cenário para o câncer de pulmão no Brasil, assim como estratégias e soluções para melhorar o acesso a tratamentos de ponta, foram temas do 5º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão, realizado nesta terça-feira (22/8) na Casa JOTA. A realização e o patrocínio foram em parceria entre Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e o Instituto Oncoguia. O evento reuniu especialistas de diferentes áreas, como oncologistas, patologistas e radiologistas, além de representantes da indústria farmacêutica e do Ministério da Saúde. Na visão do oncologista clínico especialista em tumores torácicos e mamários do departamento de Oncologia Clínica do AC Camargo Câncer Center, em São Paulo, Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima, as melhores estratégias de tratamento para o câncer de pulmão exigem a identificação correta do tumor. Em 2002, a sobrevida mediana para pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão era de apenas oito meses, e só um em cada dez pacientes continuava vivo após dois anos. A situação foi melhorando aos poucos. Estudos com tratamento específico, e não ministrado apenas após a quimioterapia falhar elevaram a sobrevida mediana para perto de três anos; e há pacientes que vivem bem mais.“No Brasil, o acesso ao tratamento ainda é pequeno e desigual. 70% dos pacientes recebem terapias de 20 anos atrás. Os testes moleculares são essenciais para mudar esta realidade”, disse Lima. Para combater parte do problema, há iniciativas conjuntas da indústria farmacêutica para patrocinar testes moleculares no Brasil. Uma destas iniciativas, a Lung Mapping, nasceu da união das farmacêuticas AstraZeneca, Bayer, Pfizer e Roche, e que depois ganhou o reforço de Novartis e da Takeda. A ideia do projeto é contribuir para a jornada do paciente com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado subtipo não escamoso. Para acessar a matéria completa, clique aqui.  


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