NK Consultores – O governo de transição mostra-se sensível à necessidade de se melhorar o atendimento de saúde mental no país, destacou coluna de Lígia Formenti publicada no site Jota. Não é de hoje que estudos apontam o crescimento de quadros como depressão e ansiedade, reflexo do luto, da insegurança, do medo e demais problemas relacionados à pandemia de covid-19, apontou. De acordo com ela, o fenômeno não está restrito ao Brasil. Em junho, a Organização Mundial da Saúde fez o apelo para que países ampliem investimentos em ações e serviços de apoio à população.
No país, no entanto, o alerta não foi suficiente para que medidas coordenadas fossem colocadas em prática pelo governo federal. Enquanto a inércia impera, a situação se agrava, principalmente entre a população jovem. Pesquisa feita pelo Datafolha divulgada em outubro mostra que 8 em cada 10 jovens entre 15 a 29 anos apresentaram problemas recentes de saúde mental, como crises de ansiedade, relatos de transtorno alimentar e pensamentos suicidas. A proposta avaliada pelo grupo de transição é que a política de saúde mental seja coordenada por um departamento no Ministério da Saúde, à semelhança do departamento de HIV-Aids. Tal formato, afirma o senador Humberto Costa (PT-PE) e integrante do grupo de saúde da transição, confere maior agilidade e facilita o desenho de ações em vários níveis de atenção à saúde.
Professor da Universidade Federal de São Paulo e coordenador do grupo de saúde na transição de governo, Arthur Chioro conta que o diagnóstico e propostas de melhoria levarão em consideração toda a rede de atendimento, desde Centros de Atenção Psicossocial (Caps), unidades de acolhimento a leitos em hospitais gerais. Para acessar a matéria completa, clique aqui.