Edema, pancitopenia, anemia e a importância das devidas conduções nas atenções primárias – AMB

Edema, pancitopenia, anemia e a importância das devidas conduções nas atenções primárias

“Síndromes Clínicas para o médico generalista: atendendo um paciente com edema, como devo agir? foi o tema introdutório apresentado pelo Dr. Benjamin Franklin Lira de Araújo Jr. Segundo ele, é preciso conhecer a fisiopatologia do edema para a devida etiologia. Sendo assim, é preciso uma boa anamnese e um bom exame físico, sendo este último primordial para saber se ele é simétrico ou não, dentre outras especificações.

“Dispneia hipoxemia, edema súbito, dor intensa sinais flogísticos, hipperfusão perda de consciência são sinais de alerta para encaminhamento”, mostra ele. “A conduta é reconhecer as causas do edema e tratá-las da melhor maneira e não receitar diurético. Ter um diagnóstico assertivo e saber quando encaminhar é essencial na prática do médico generalista”, conclui.

Para a Dra Maria Stella Figueiredo em sua apresentação sobre “Diagnóstico de Pancitopenia” começou questionando “até que ponto eu classifico um paciente com pancitopenia?”. Segundo ela, a pancitopenia não é uma doença em si, mas uma alteração secundária conforme números abaixo dos limites coletados no hemograma, além de sintomas como fadiga, sangramento.

Além disso, ela mostra que a etiologia varia conforme o país, ou seja, esse contexto é importante antes do diagnóstico, também. “Outra questão são as causas secundárias, como, por exemplo, mistura de remédios. Precisamos chamar a atenção para a leishmaniose visceral, pois o Brasil é um dos sete países com a doença”, explica.

Já para o Dr. João Otavio Ribas Zahdi em sua palestra sobre “O paciente com anemia” explica que, de 50% a 60% de pacientes com anemia são assintomáticos, ou seja, um exame necessário é o hemograma, pois ele tem uma grande importância. “O hemograma é um exame que mostra muitos resultados e um número considerável de casos de anemia são passíveis de condução na atenção primária”. Sendo assim, “o encaminhamento ao especialista deve ser quando o tratamento precisar ser urgente ou não estiver respondendo ao tratamento”. Por fim, ele aborda sobre a questão da transfusão sanguínea e diz que se trata de algo muito particular de cada paciente.