“O oligoidrâmnio é diagnóstico de risco para asfixia perinatal”, alerta Dra. Dra. Roseli Mieknoo Yamamoto Nomura – AMB

“O oligoidrâmnio é diagnóstico de risco para asfixia perinatal”, alerta Dra. Dra. Roseli Mieknoo Yamamoto Nomura

A mesa redonda de Obstetrícia e Pediatria do 3º Congresso de Medicina Geral da AMB trouxe à tona questões cruciais sobre as estratégias de prevenção da asfixia perinatal durante o período pré-natal e intraparto, as melhores práticas para a assistência neonatal imediata, destacando as técnicas pediátricas fundamentais no momento crítico do nascimento e discutiu as particularidades no seguimento de recém-nascidos pré-termo tardio, com foco nas indicações pediátricas essenciais para o acompanhamento adequado.

O evento reforçou a importância da atualização contínua e da aplicação de protocolos baseados em evidências para garantir o cuidado de qualidade ao recém-nascido e foi coordenado por três grandes nomes nessas especialidades: Dr Coríntio Mariani Neto, Professor Titular do Curso de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo – Unicid e Vice-Presidente da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da  (Febrasgo); Dra. Rossiclei de Souza Pinheiro, Presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP; e Dr. Eduardo de Souza, Professor Associado, Livre Docente do Departamento de Obstetrícia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo e Vice-Presidente da Comissão Nacional Especializada de Perinatologia da Febrasgo.

Asfixia pré-natal

Com foco específico na prevenção pré-natal e intraparto, a Dra. Roseli Mieko Yamamoto Nomura, Professora Adjunta do Departamento de Obstetrícia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professora Livre Docente da Faculdade de Medicina da USP e Diretora Administrativa da FEBRASGO, abriu as aulas. A palestrante definiu a asfixia perinatal na medicina como “uma condição que resulta na privação de oxigênio ao feto durante o processo de nascimento, com duração suficiente para causar danos físicos, geralmente ao cérebro”.

Durante sua fala, Dra. Roseli apresentou propostas de detecção para identificar riscos baixos ou altos, indicando os monitoramentos e exames necessários para direcionar os pacientes a uma atenção secundária ou terciária, com o objetivo de prevenir a asfixia perinatal intraparto. Além disso, listou possíveis medidas de recuperação fetal para garantir a oxigenação e alertou que o “oligoidrâmnio é um diagnóstico de risco para asfixia perinatal.”

Ainda dentro desse tema, Dra. Maria Fernanda Branco de Almeida, Professora Associada da Disciplina de Pediatria Neonatal da EPM-Unifesp, Coordenadora do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenadora Científica da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais, subiu ao palco para destacar que “as complicações durante o parto são a causa mais comum de asfixia perinatal e a terceira maior causa de mortes de recém-nascidos durante o parto”.

Ela também enfatizou que “o atendimento ao parto por profissionais de saúde habilitados pode reduzir de 20% a 30% as taxas de mortalidade neonatal, e o conhecimento das técnicas de animação potencializa ainda mais essa taxa de resultados”. Dra. Maria Fernanda ressaltou os pré-requisitos para uma melhor assistência ao nascimento, conforme especificado em norma técnica pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Ao final, Lilian Dos Santos Rodrigues Sadeck, Neonatologista do Centro Neonatal do Hospital das Clinicas (FMUSP), abordou as particularidades no acompanhamento de recém-nascidos pré-termo tardio. Esses recém-nascidos, embora aparentemente saudáveis, apresentam riscos específicos devido ao desenvolvimento incompleto dos órgãos e sistemas, o que pode exigir cuidados adicionais.