A importância do diagnóstico correto nos encaminhamentos dos casos oftalmológicos

Com as participações dos coordenadores Rodrigo Pascoal Azevedo, Wilma Lelis e Maria Auxiliadora Frazão, o tema Oftalmologia abordou “A rotina das urgências e emergências em oftalmologista”.
De acordo com o médico oftamologista, presidente da Sociedade Brasileira de Urgências, Emergências e Trauma Ocular (Sobreto), Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, há diferença na rotina nas urgências e emergências em Oftalmologia, e elas envolvem o atendimento rápido e eficiente de pacientes.
Sendo assim, é preciso primeiramente entender se há uma lesão para poder prescrever o diagnóstico correto. Para o encaminhamento clínico, a prevenção sempre é o melhor caminho para evitar os transtornos, ou seja, a devida higiene ocular com uma lavagem inicial adequada faz-se necessária logo nas primeiras horas.
Dr. Pedro ainda explicou que o trauma ocular pode ser aberto ou fechado e um colírio de fluoresceína é sempre o ideal para a identificação. No trauma aberto o trauma pode ser penetrante ou perfurante. Para ambos, é preciso fazer oclusão e encaminhar, nem que seja com um copo plástico. “Uma estrutura plástica não vai comprometer nenhum exame de imagem”, diz o doutor.
Já para o Dr. Kimble Teixeira Fonseca Matos, doutor e pós doutor EPM-Unifesp, apresentou no tema “Doenças sistêmicas tratadas conjuntamente com o oftalmologista”, que o olho não só pode mostrar a existência de doença sistêmica como também a sua gravidade. Segundo ele, doenças como Behçet, Lupus, as retinoplastias e o sífilis são alguns exemplos de doenças multissistêmcias que afetam a visão. Para tal, todos os encaminhamentos devem ser feitos imediatamente – assim como outras doenças – após o diagnóstico inicial. Além disso, ele ressalta a importância das crianças em consultas pediátricas serem avaliadas se elas estão coçando muito o olho. Por fim, ele alerta ao cuidado do uso da inteligência artificial nas buscas por pacientes.
Com o tema “Como avaliar a visão para atestados e benefícios previdenciários”, a Dra. Karina Eiko Yamashita explicou que para começar a avaliar o trabalhador, é preciso testar a Acuidade Visual – testes feitos com letras a seis metros do paciente. Outra avaliação é a do Campo Visual com o uso da Tela de Amsler para avaliar se ele tem uma distorção da imagem. O mais utilizado, porém, é a perimetria automatizada campo visual 30.2, no caso das perícias. Já para avaliação visual em condutores de veículos condutores, há diferenças conforme as categorias. “Casos de estrabismo, por exemplo, são aceitos apenas nas categorias A e B”.
“Doenças sistêmicas podem acometer os olhos e é importante que os médicos saibam que muitos diagnósticos precisam de acompanhamentos oftalmológicos”, complementou a Dra. Maria Auxiliadora Frazão.