AMB no I Fórum de Ensino de Medicina do Trabalho - AMB

AMB no I Fórum de Ensino de Medicina do Trabalho

Da esquerda para a direita: João Silvestre da Silva Júnior, Adriana Jardim Arias Pereira, Rose Copelman, Marilurdes Monteiro Barros, César Eduardo Fernandes, Edevar Daniel, João Carlos do Amaral Lozovey, Solange Miranda de Oliveira, Paulo Roberto Zétola

O encontro foi realizado no sábado (11), pelo Albert Einstein Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, no Auditório Kleinberger do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

O tema em debate foi: “O ensino da medicina do trabalho na graduação, residência, especialização e título de especialista, na atualidade com qualidade e compromisso social”.

O Fórum discutiu o ensino da medicina do trabalho na atualidade com qualidade e compromisso social; abordou as competências essenciais para o exercício da Medicina do Trabalho; a importância do ensino da especialidade na graduação dos cursos de medicina, na residência médica e nos cursos de especialização; e discutiu sobre os critérios para a obtenção de título de especialista. O objetivo dos debates foi trazer ao público um panorama do ensino, as dificuldades e inovações encontradas e o que a pandemia de Covid-19 trouxe de desafios para o ensino, e como eles foram enfrentados.

Entre os palestrantes, estava César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), que debateu o tema “Critérios para obtenção do Título de Especialista/AMB”, e ressaltou a importância do evento em abordar um tema dessa importância.

Ele iniciou sua fala parabenizando todas as entidades que tornaram possível esse primeiro fórum para a discussão do ensino da Medicina do Trabalho e a Titulação de Especialista em Medicina do Trabalho. Elogiou a apresentação da professora Marilurdes Monteiro Barros que o antecedeu na apresentação, ressaltando sua competência acumulada ao longo do tempo, e que algumas questões lhe serviram como reflexões. “O fórum vai muito mais além do formalismo de como as coisas estão sendo feitas. E o que nós, como sociedade civil, queremos? É uma pergunta que me faço sempre. Para isso vamos ter que inserir as diferentes atividades, a nossa de médico em cada uma das nossas especialidades no tipo de país que nós queremos. Defendo um país com regras claras para serem cumpridas, benefício comum, o bem de todos, o aumento do número de pessoas bem providas financeiramente para que possam, em função dessas condições econômicas, terem uma boa condição de vida. Temos que pensar em uma sociedade mais igualitária em que todos tenham boas condições para viver. É nesse sentido que eu faço reflexões enquanto presidente da AMB”, refletiu César Fernandes.

Ele disse que nunca imaginou que um dia pudesse galgar e representar uma entidade de tamanha representatividade como a AMB. “A voz da AMB, que não é a minha, é a voz institucional. Ela deve acolher o pensamento de nós médicos em relação ao que nós queremos, em que há uma diversidade enorme de entendimento, e qual medicina queremos. Há uma pluralidade de pensamentos, o mundo é plural. E nós da AMB temos que decantar tudo isso com sabedoria e com equidistância de quaisquer conflitos de interesse, na busca do melhor caminho. É dentro dessa ótica que quero fazer minha apresentação. O que desejamos é que nosso país seja de primeiro mundo, temos um país que tem legitimidade, sabemos da nossa grandeza, da nossa força, para se tornar de primeiro mundo. Não há porque pensar diferente, independente de quem governa. A AMB não se pauta por convicções ideológicas pessoais ou por linhas partidárias, temos que ter uma convicção equidistante. A bandeira da AMB é clara, é a da boa assistência à saúde da população e do bom exercício da medicina. E todo o esforço desse fórum é nessa direção, é o que estamos discutindo hoje: o bom exercício da medicina, a saúde do trabalhador e saúde ocupacional. Conferir um título de especialista requer uma qualificação a este profissional que está recebendo esse título, essa é a preocupação da AMB”. César Fernandes ainda enfatizou a importância de o profissional médico comprovar sua competência para o bom exercício da medicina, e que o médico do trabalho tenha que ter uma formação comprovada e que se atualize.

Da esquerda para a direita: João Silvestre da Silva Júnior, Rose Copelman, Edevar Daniel, Solange Miranda de Oliveira. Na tela, Francisco Cortes Fernandes

Edevar Daniel, Médico do Trabalho e organizador do evento, comemorou o sucesso do encontro. “Foram trezentos e vinte médicos inscritos de todo o país que participaram desse evento, um número bastante expressivo. Tivemos pessoas online, outros presenciais, e assim discutimos a qualificação e valorização da medicina do trabalho como especialidade médica no Brasil. A ideia foi abordar a reflexão e a discussão, e fortalecer a discussão aproxima as entidades. E poder contar com a presença de instituições como a AMB, a ANAMT, o Centro Universitário São Camilo, a Faculdade de Ciências Médicas de Santa Casa de São Paulo, é importante”, enfatizou. Ele também comemorou o I Fórum dedicado apenas ao ensino dessa especialidade no Brasil, e diz que a ideia é realizar um evento como esse uma vez por ano.

Também compuseram a mesa Francisco Cortes Fernandes, presidente da ANAMT, e Marilurdes Monteiro Barros, Edevar Daniel, Elizabeth Costa Dias, João Carlos do Amaral Lozovey, José Tarcísio Penteado Buschinelli, Paulo Roberto Zétola, Rose Copelman, Marcelo Pustiglione, Solange Miranda de Oliveira e João Silvestre da Silva Júnior.