Asma, pneumonias e tuberculose: diagnóstico e manejo nas doenças respiratórias em debate no 3º Congresso da AMB – AMB

Asma, pneumonias e tuberculose: diagnóstico e manejo nas doenças respiratórias em debate no 3º Congresso da AMB

“Asma é uma doença extremamente prevalente. Ela é frequente e tratada de forma inadequada como uma doença aguda e recorrente, sem tratamento durante as intercrises”, explica Dr. Emilio Pizzichini em sua palestra sobre “Diagnóstico e Manejo da Asma”.

Segundo ele, a asma é uma doença heterogênea, complexa e variável caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. “Normalmente as crises de asmas são causadas por gatilhos, tanto as de infecções virais quanto bacterianas”, explica. “Asma não tem cura, asma tem controle”, diz. Sendo assim, ao ser feito o controle, é possível evitar riscos futuros, que vão desde exacerbações até a morte.

Já na apresentação do Dr. José Tadeu Colares sobre “Diagnóstico das Pneumonias Comunitárias e nosocomiais”, ele explica que no caso de um quadro clínico da pneumonia há dois cenários: resposta inflamatória local e resposta inflamatória sistêmica. Piora da tosse, produção de expectoração seguida de exame físico com ausculta, febre e apneia são sintomas que precisam ser considerados. A tomografia é um exame de escolha em pacientes que não se vê melhora clínica.

Além disso, testagens frequentes de SARS-CoV-2 e Influenza são recomendas. “Quando se fala em recomendações para o tempo do tratamento, o cenário ideal é sempre uma boa relação médico-paciente” diz.

Dr. Sidney Bombarda, ao abordar “Diagnóstico e Manejo da Turberculose”, diz que há ainda um número considerável de diagnóstico da doença no nosso país, acarretando uma média de 5 mil mortes/ano por essa causa. O diagnóstico clínico tem como quadro clássico tosse, febre, sudorese noturna e emagrecimento.

Um avanço na área foi o Teste Molecular Rápido (TRM-TB) que, dentre algumas características, com 13 bacilos já se consegue fazer o diagnóstico, por exemplo. Feito o teste, precisa saber se ela é sensível ou resistente. “Nos retratamentos o TRM não é válido porque ele sempre dará positivo”, explica. Há, ainda, critérios para solicitação de cultura e teste de sensibilidade quando existe risco de resistência medicamentosa.

Quando mencionado sobre os testes PT ou IGRA, o especialista diz que não é necessário repeti-los em casos positivos. “Se o teste de PT ou IGRA der positivo, é sinal de que há tuberculose latente, não é necessário repetir”, diz.

A mesa redonda sobre Pneumologia e Tisiologia teve como coordenadores o Dr. Ricardo de Amorim Corrêa e o Dr. Carlos Alberto Gomes dos Santos.