Câncer de Pulmão, Tabagismo e Apneia do Sono: tratamentos e prevenções necessárias

Dr. Gustavo Faibischew Prado ao abordar “Diagnóstico e Manejo do Câncer de Pulmão”, começa afirmando que o câncer do pulmão é a neoplasia que mais mata no mundo, com uma média de 2,5 milhões. Segundo ele, as causas estão principalmente no cigarro, que é um grande vilão, e o diagnóstico tardio com a doença já num estágio avançado.
Ele explica que, para que haja uma diminuição, o ideal é um diagnóstico precoce de rastreamento com pacientes de 50 a 80 anos que tenham fumado por 15 anos. Se feitas tomografias anuais com eles, é possível antecipar tratamentos quando “achados” os casos.
O papel dos times multidisciplinares para a decisão de casos clínicos de câncer do pulmão é fundamental, pois quando tratados com profissionais de forma integrada há uma garantia de oferta de melhor qualidade no tratamento. “Não adianta fazer uma cirurgia que seja indicada no ponto de vista patológico, mas fútil no ponto de vista clínico”, diz. “Apoiar em exercícios físicos e na alimentação influem, por exemplo”, explica. “O papel do clínico e do pneumologista transcendem essa jornada”, finaliza.
Para o Dr. Pedro Rodrigues Genta, ao apresentar o tema “Diagnóstico e Manejo da Apneia do Sono” diz que os sintomas mais comuns são ronco, sonolência, cefaleia matinal até pesadelos, entre outros, como o paciente com sono perturbado. “Existem vários tipos de diagnósticos, o método tradicional é o exame de polissonografia no laboratório, mas há também como fazer no domicílio, sendo que no primeiro há acompanhamento técnico, porém o segundo é mais confortável ao paciente”, explica.
Além disso, o especialista diz que há o tratamento cirúrgico, mas ele não é a primeira opção. A forma mais comum de se tratar é o manejo com o uso do CEPAP, podendo ser feita a titulação de pressão dele de forma manual (no laboratório do sono), automática (uma forma mais simples com aparelho que se autoajusta) e de telemonitoramento (quando é feita uma definição de pressão por fórmula).
“É importante lembrar que snus e rapé também – apesar de não terem fumaças – são caracterizados como tabagismo, além de cachimbos, narguilés, cigarro de papel ou convencional – forma mais comum do uso do tabaco -, cigarro de palha (nas áreas rurais e um apelo entre jovens)”, explica Dra. Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano em sua apresentação sobre “Diagnóstico e Manejo do Tabagismo”. Segundo ela, o cigarro eletrônico com o seu apelo tecnológico atrai demais os jovens. “Já estamos na quarta geração deles e eles causam mais dependência que a nicotina simples”, diz. Além disso, precisamos lembrar que existe, ainda, o tabagismo passivo ou secundário e o terciário quando os componentes da fumaça impregnam no ambiente, se misturando a outras poeiras. “Os cigarros eletrônicos são nosso desafio atual e é necessária uma boa relação médico-paciente”, finaliza.
A mesa contou com os coordenadores Dra. Jene Greyce Oliveira da Cruz e Dr. Ricardo de Amorim Corrêa.