CMG 2025: “Entre 2020 e 2024 houve crescimento de 30% em ações contra médicos em início de carreira”, destacou a advogada Juliana Hasse em debate sobre ‘Medicina nas Redes Sociais’ – AMB

CMG 2025: “Entre 2020 e 2024 houve crescimento de 30% em ações contra médicos em início de carreira”, destacou a advogada Juliana Hasse em debate sobre ‘Medicina nas Redes Sociais’

 ‘Medicina nas Redes Sociais’. Um tema atual, que tem preocupado instituições médicas e gerado o aumento da judicialização no segmento. Esse assunto foi discutido durante o Painel da Associação Médica Brasileira (AMB), realizado na tarde desta quinta-feira (24), no CMG 2025.  

O debate foi coordenado pelo Dr. Antonio Carlos Endrigo, presidente da Comissão de Saúde Digital da AMB, e pelo Dr. Guilherme Marques, membro da Comissão Nacional de Médicos Jovens -CNMJ / AMB.

Juliana Hasse, advogada especialista em Direito Médico destacou em sua participação no painel o crescimento da judicialização na medicina, com o surgimento de 34 mil processos somente no ano de 2024 contra médicos. “Entre 2020 a 2024 houve aumento de mais de 30% nas ações contra médicos em início de carreira. No STJ, o crescimento de processos contra médicos foi de 1.600% no período de 10 anos”.

A advogada também falou sobre os principais motivadores de ações judiciais contra os profissionais da área médica, como o desgaste na relação médico paciente, expectativas distorcidas da realidade e negligência informacional, que é quando o médico deixa de prestar alguma informação necessária ou obrigatória ao seu paciente.

As especialidades que apresentam maior número de processos são: Clínica Geral, seguida de Ginecologia e Obstetrícia, e Cirurgia Plástica. “Desde 2020, o índice de condenação é de 60% dos casos. A ausência de provas é a maior fragilidade nos processos”, completa Juliana.

Durante sua apresentação, o Dr. Walter Myamoto, que hoje tem uma rede de clínicas especializada em Saúde Digestiva, falou sobre sua ascensão nas redes socias, que aconteceu de forma gradativa, por meio de cursos relacionados à comunicação e marketing, e aprimoramento da prática.

“A comunicação precisa chegar no nosso paciente. E sempre se pautem na medicina baseada em evidências. Você comunica o que você é, não o que você fala. Transparência e conhecimento são fundamentais”, pontuou Myamoto.