A Associação Médica Brasileira (AMB) realizou, na manhã desta quarta-feira (8), em parceria com a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), uma coletiva de imprensa em sua sede, em São Paulo, para lançar a nova edição da Demografia Médica no Brasil (DMB). O levantamento é o mais completo já realizado sobre a realidade dos médicos em todo o país.

Compuseram a mesa o Presidente da AMB, César Eduardo Fernandes; o Pesquisador da FMUSP e Coordenador da Demografia Médica no Brasil, Mário Scheffer; o ex-presidente da AMB e atual Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva; o Presidente da Fundação Faculdade de Medicina (FFM), Arnaldo Hossepian Junior; o professor Nelson da Cruz Gouveia, representando a diretoria da FMUSP; a representante da Organização Pan-Americana de Saúde do Brasil (OPAS), Cristiane Scolari Gosch; e Bruno Guimarães, representante do Ministério da Saúde.

“A nova edição da Demografia surge em um momento em que a assistência médica brasileira precisa de aprimoramentos e traz análises críticas de alguns pontos que não estavam presentes em edições anteriores. Nos dedicamos muito a esse trabalho para compilar dados importantes e de qualidade a nível nacional, e agradeço a contribuição e desempenho de cada um dos parceiros que contribuíram para que esse estudo se tornasse realidade”, disse o Presidente da AMB, César Fernandes, em seu discurso de abertura na coletiva.

A DMB 2023 foi formulada a partir de três eixos principais: estudos demográficos da população médica, estudos sobre formação e profissão médica e inquéritos sobre Residência Médica e trabalho médico no Brasil.

“Essa nova edição nos traz um modelo robusto da oferta de médicos no país até 2035 e demais indicadores de saúde que podem e devem ser utilizados para planejar, regular e projetar políticas pública de saúde, uma vez que facilitam o entendimento das necessidades da população brasileira. Infelizmente, o que marca esses dados é a desigualdade entre a saúde pública e privada, portanto é evidente a necessidade de adequação da medicina para garantir assistência a todos os brasileiros”, explicou o Coordenador da DMB 2023, Mário Scheffer, durante sua apresentação do estudo à plateia.

“Para nós que somos gestores é muito importante conhecer o perfil da população com a qual estamos trabalhando, principalmente da área médica. O número de médicos nos próximos dez anos vai praticamente dobrar e a discussão que precisaremos ter é de como vamos distribuir adequadamente esses médicos para que eles possam prestar serviços de relevância à sociedade”, alegou o Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva.

“Gostaria de parabenizar a AMB pela parceria nesse trabalho que foi muito bem desenvolvido. São dados muito importantes que mostram quantos médicos somos, onde estamos, especialidades e demais apontamentos importantes para toda a comunidade médica no geral”, enalteceu Nelson da Cruz, professor da FMUSP.

Além da AMB, a produção da Demografia Médica no Brasil 2023 também contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FFM (Fundação Faculdade de Medicina), OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e Ministério da Saúde.