Em sua participação durante o primeiro dia do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB), realizado nesta quinta, 29 de maio, o diretor científico da entidade médica, Dr. José Eduardo Dolci compartilhou com os representantes das sociedades de especialidades médicas e das federadas presentes alguns dados importantes da Demografia Médica no Brasil 2025, projeto desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em parceria com a AMB e o Ministério da Saúde.

Entre as informações pontuadas da demografia, Dr. Dolci destacou a preocupação quanto à persistência da desigualdade na distribuição de médicos e médicas por região do Brasil. Apesar do crescimento no número de profissionais no país, a repartição dos especialistas no território nacional não é igualitária. O percentual de especialistas em relação ao total de médicos varia de 72,2% no Distrito Federal e 67,9% no Rio Grande do Sul a 46,5% em Rondônia e 45,1% no Piauí, por exemplo.  

“Esse estudo é de suma relevância para a nossa classe, para que tenhamos ciência do cenário da Medicina e da saúde no nosso país, e, consequentemente, possamos trabalhar, de forma resolutiva, com ações que possam colaborar para a melhoria desse cenário”, disse o diretor da AMB.

O aumento de contingente de generalistas, a concentração de residentes na Região Sudeste, o crescimento no número de especialistas na última década e a pejotização dos profissionais da área médica também foram destacados e discutidos ao longo da fala do Dr. Dolci.

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