“Quem quer que seja a doença, a mãe foi uma dieta ineficiente”, diz Dr. Durval Ribas na mesa de Nutrologia do CMG 2025 – AMB

“Quem quer que seja a doença, a mãe foi uma dieta ineficiente”, diz Dr. Durval Ribas na mesa de Nutrologia do CMG 2025

Na mesa-redonda sobre Nutrologia, coordenada pela Dra. Alba Letícia Peixoto Medeiros e pelo Dr. Durval Ribas Filho, a Dra. Marcella Garcez Duarte trouxe o tema “Os Nutracêuticos e relação com doenças crônicas: novas fronteiras”, no qual a questão da falta ou excesso de micronutrientes e explicou que os nutracêuticos são todos os nutrientes que, além da função nutralógica básica, também possuem alguma função farmacológica.

Conforme explicado, entre os alimentos funcionais há o “Superalimento”, que é o alimento natural ou enriquecido que, além das funções nutralógicas básicas, também contribuem para a manutenção da saúde e redução do risco de doenças. “O que confere saudabilidade a um alimento é a sua composição e não o nível de processamento dele”, diz. “Exemplo disso é o whey protein, por exemplo, que é ultraprocessado e muitas vezes necessário ao paciente, ao contrário do açúcar”.

Já Dra. Sandra Lúcia Fernandes, ao tratar sobre “Suplementação com agentes farmacológicos injetáveis pós-cirurgia bariátrica na clínica” começou falando que “hoje vivemos tempos de soroterapia, mas isso precisa de atenção e cuidado para ser indicado apenas para os pacientes que realmente apresentam essa necessidade”.

Segundo ela, a principal deficiência pós cirurgia bariátrica é a de ferro, principalmente mulheres. Para tal, é preciso fazer um perfil de ferro bem detalhado do paciente bariátrico. Segundo ela, há um consenso brasileiro do manejo nutricional de pacientes com anemia pós cirurgia bariátrica, principalmente em mulheres em idade fértil. “Há a recomendação do uso de DIU em mulheres em idade fértil por até dois anos após a cirurgia bariátrica”, diz.

Conforme explicou Dr. Durval, 95% da nossa microbiota está no intestino. “Já dizia Hipócrates: – as doenças começam no intestino”, disse. “Se no seu dia a dia, você ingerir poucas frutas, legumes e verduras e ingerindo gordura saturada, isso resulta numa disbiose”, explica.

“Quem quer que seja a doença, a mãe foi uma dieta ineficiente”, diz o especialista. Ele ainda acrescenta que as estratégias terapêuticas para o tratamento da disbiose são atividade física e alimentos como frutas, legumes e verduras que proporcionam uma boa quantidade de fibras ao organismo. “Nada é proibido, é proibido proibir, mas coibir, sim”.

“A nutrologia não é só de intervenção terapêutica, mas também de prevenção e o manejo da microbiota intestinal é o futuro do tratamento de muitas doenças. Cada um tem a sua microbiota”, finaliza Dr. Durval.