Na quarta-feira, dia 4, ocorreu uma importante discussão sobre Nutrologia e Saúde da Mulher, em live promovida pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Quatro renomadas especialistas na área apresentaram as melhores estratégias para cuidar da menopausa, fase que traz muitas transformações para a saúde feminina e sua qualidade de vida. O bate-papo contou com a participação da Profa. Dra. Nadia Haubert – médica nutróloga, mestre pela USP, diretora e docente dos cursos de pós-graduação da ABRAN; da Profa. Dra. Eline Soriano – médica nutróloga, doutora em Fisiopatologia pela USP e diretora da ABRAN e da Profa. Dra. Socorro Morais – ginecologista, nutróloga, PhD em Ciências da Saúde (UFRN) e representante da ABRAN no Rio Grande do Norte.
Nesta conversa entre mulheres, focada no bem-estar e nos cuidados femininos, o propósito foi destacar o relevante papel da Nutrologia durante o climatério, uma fase crucial da saúde feminina. “Metade da população feminina mundial está no climatério, uma etapa de transição menopausal que precede a última menstruação, marcando a entrada na menopausa. É nesse período que a mulher pode desenvolver uma série de alterações, como fadiga, piora das dores crônicas, os ‘famosos’ calores, insônia, sintomas geniturinários, maior tendência à depressão e ansiedade, além de dificuldades na perda ou no ganho de peso – sintomas que podem surgir de 8 a 10 anos antes da última menstruação”, observou a Dra. Nadia.
As especialistas explicaram, ainda, que a idade média da última menstruação varia entre 48 e 52 anos. A diminuição da atividade estrogênica nesse período causa um impacto significativo na qualidade de vida da mulher, apresentando sintomas como lapsos de memória, dificuldade de concentração e esquecimentos, que podem até comprometer sua performance profissional. Neste cenário, o papel da Nutrologia é promover a melhora da qualidade de vida da mulher por meio de estratégias alimentares e suplementação, sem deixar de considerar os transtornos mentais no climatério, destacaram.
Sob esse aspecto, os pontos abordados ressaltaram que, nessa fase da vida, a mulher se torna mais vulnerável à depressão, à ansiedade e aos transtornos do sono. Além disso, a microbiota intestinal desempenha um papel essencial no equilíbrio, bem-estar e na regulação do humor. Por isso, é fundamental uma abordagem integrativa, que inclua suporte emocional, prática de atividade física, orientação nutricional, uso de nutrientes neuroprotetores e uma medicina mais personalizada, para minimizar os impactos desses transtornos mentais.
Todos esses temas fazem parte da ampla programação do CNNMULHER, pós-graduação Lato Sensu (360 horas), reconhecida pelo MEC, que terá início em maio. O curso reunirá professores renomados, oferecendo conteúdos atualizados com base científica, estudos de caso e aulas e discussões on-line e presenciais.
Mais informações e inscrições: https://nutroeducacao.abran.org.br/cnnmulher/
** A Prof. Dra. Maria Angela de Souza – médica nutróloga, especialista em Tocoginecologia e Mastologia, além de doutora em Ciências da Saúde pelo IAMSPE era uma das convidadas da live, mas por um imprevisto não pode participar.