DIA NACIONAL DE COMBATE À DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA (DAOP)
SBACV alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento
O Dia Nacional de Prevenção da Doença Vascular Periférica é no próximo sábado, 14 de julho. A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) acomete as artérias, que são os vasos que levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos, principalmente nos membros inferiores.
A aterosclerose é a causa mais comum da DAOP, caracterizada pela dificuldade de passagem de sangue devido a placas de gordura e outros elementos depositados na parede das artérias ou pela própria degeneração da parede do vaso ao longo dos anos. Ela pode causar ainda problemas cardiovasculares como o infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Estimativas apontam uma prevalência de 10 a 25% na população acima de 55 anos, sendo que aumenta com a idade.
A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) aproveita a data para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, visto que o problema pode causar gangrena ou até amputação de membros inferiores. “Os fatores de risco para a Doença Arterial Obstrutiva Periférica são tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol alto. Por isso é importante a avaliação do Angiologista e /ou Cirurgião Vascular, pois com o diagnóstico precoce é possível tratar e evitar complicações”, afirma o presidente da SBACV, Dr. Roberto Sacilotto.
Os pacientes que apresentam a doença arterial obstrutiva periférica iniciam os sintomas queixando-se de dores nas panturrilhas (“barriga da perna”) quando andam determinadas distâncias e que melhoram quando interrompem a marcha, é a chamada claudicação intermitente. A claudicação intermitente é um alerta de que a circulação pode não estar normal.
Em estágio avançado, a pessoa pode sentir dor nos membros inferiores, mesmo em repouso, frialdade nas perna, formigamento e dormência e apresentar lesões necróticas (tecido sem recuperação, escuros) em dedos dos pés.
O presidente da SBACV explica que um exame clínico minucioso feito pelo Cirurgião Vascular e/ou Angiologista e a utilização de exames como o ultrassom Doppler podem confirmar o diagnóstico.
Tratamentos
Na fase em que o paciente apresenta dor quando caminha (claudicação intermitente), medidas clínicas e orientações como suspender o uso de cigarros, controlar a pressão alta, colesterol elevado e diabetes devem ser iniciados de imediato, além de estimular o hábito de caminhar aumentando assim a formação de novos vasos que irão compensar aqueles obstruídos.
“Nos casos de doença avançada, com o aparecimento de necroses nas extremidades dos dedos dos pés, há a necessidade de procedimentos cirúrgicos que podem ser iniciados pela Angioplastia (dilatação do vaso com balões e stents) até cirurgias maiores como a ponte de veia safena, que seria a substituição do local obstruído da artéria por veia safena do próprio paciente fazendo uma derivação em ponte. São procedimentos que cicatrizam as lesões e feridas e o levam ao salvamento da perna”, explica Dr. Sacilotto.
*Há uma imagem no anexo do e-mail sobre os estágios da DOAP.