All posts by Fábio Santana

A AMB vive, um novo ciclo. Mais unida. Mais integrada. Para toda a saúde do Brasil.

Nos últimos meses, diversas ações têm sido realizadas pela AMB para defender assiduamente a dignidade profissional do médico e a assistência de qualidade à saúde de toda a população brasileira.

Com uma ampla atuação na defesa e proposição de ações, o ano de 2021 marca o protagonismo da Associação nos âmbitos público e privado, com foco na modernização e inovação necessárias para o enfrentamento de desafios atuais e do futuro.

Acompanhe a AMB.

Um novo ciclo. Mais unida. Mais integrada. Para toda a saúde do Brasil.

Aprovada a Medida Provisória na Câmara dos Deputados que inclui a Associação Médica Brasileira na composição da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (14), o parecer da deputada Silvia Cristina (PDT-RO) à Medida Provisória 1067/2021, que altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, para dispor sobre o processo de atualização das coberturas na saúde suplementar. O texto aprovado foi o 3º relatório apresentado pela deputada ainda nesta terça, na forma de Projeto de Lei de Conversão 29/2021. 

Composição da Comissão de Atualização do Rol 

O texto define que os membros indicados para comporem a Comissão deverão ter formação técnica suficiente para compreensão adequada das evidências científicas e dos critérios utilizados na avaliação. Dessa forma, ficou estabelecida a seguinte composição:

  • um representante indicado pelo Conselho Federal de Medicina; 
  • um representante da Sociedade de Especialidade médica, conforme a área terapêutica ou o uso da tecnologia a ser analisada, indicado pela Associação Médica Brasileira; 
  • um representante de entidade representativa de consumidores de planos de saúde; 
  • um representante de entidade representativa dos prestadores de serviços na Saúde Suplementar;
  • um representante de entidade representativa das operadoras de planos privados de assistência à saúde; 
  • representantes de áreas de atuação profissional da saúde relacionadas ao evento ou procedimento sob análise.

Quimioterapia oral

O texto aprovado define que avaliação da inclusão dos antineoplásicos de uso oral no rol da ANS seguirá o trâmite das outras tecnologias, devendo ter sua análise concluída no prazo máximo de 180 dias. A partir da data em que foi protocolado o pedido de incorporação, a Agência Nacional de Saúde Suplementar tem 120 dias para avaliar, período que pode ser prorrogado por outros 60 dias.

A matéria aprovada pela Câmara nesta terça-feira também garante que os processos administrativos que tratam sobre antineoplásicos sejam analisados de forma prioritária. Além disso, estabelece que o fornecimento dos antineoplásicos, após análise da ATS, deverá ocorrer em até dez dias após a prescrição médica, por meio de rede própria, credenciada, contratada ou referenciada, diretamente ao paciente ou ao seu representante legal, podendo ser realizado de maneira fracionada por ciclo, sendo obrigatória a comprovação de que o paciente ou seu representante legal recebeu as devidas orientações sobre o uso, a conservação e o eventual descarte do medicamento.

Prazos

Conforme o texto aprovado, finalizado o prazo para a avaliação das tecnologias sem manifestação conclusiva da ANS no processo administrativo, será realizada a inclusão automática do medicamento, do produto de interesse para a saúde ou do procedimento no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar até que haja decisão da ANS, garantida a continuidade da assistência iniciada mesmo se a decisão for desfavorável à inclusão.

A proposta também estabelece que as tecnologias avaliadas e recomendadas positivamente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, cuja decisão de incorporação ao SUS já tenha sido publicada, serão incluídas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar no prazo de até 60 dias. O texto também concede à ANS o prazo de 180 dias para editar normas para o devido cumprimento da MP.

Relatório de Análise das Tecnologias

Caberá à Comissão de Atualização do Rol apresentar relatório considerando  as melhores evidências científicas disponíveis e possíveis sobre eficácia, acurácia, efetividade, eficiência, usabilidade e segurança do medicamento, do produto ou do procedimento analisado, reconhecidas pelo órgão competente para o registro ou a para a autorização de uso; a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às coberturas já previstas no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar, quando couber; e a análise de impacto financeiro da ampliação da cobertura no âmbito da saúde suplementar.


E agora?

A MP será enviada para análise do Senado Federal, que tem até o dia 10 de fevereiro para analisar. Se a MP não for analisada até essa data, ela perderá a validade.  

Documento:
– MP 1067/2021
– Parecer da relatora

Vitória da Ciência – Kit Covid é contraindicado em pacientes não internados

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou, em 7 de dezembro, parecer contraindicando a utilização do kit Covid em pacientes ambulatoriais. O placar da votação fechou em 7 a 6. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ausente em deliberação anterior, desta feita foi decisiva ao se posicionar pela não recomendação.

O desfecho preserva a saúde e a segurança dos cidadãos, conforme análise da Associação Médica Brasileira e do seu Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19, o CEM COVID_AMB.

Aliás, é essencial registrar que o parecer técnico-científico – agora aprovado – contou, com especialistas da AMB, entre outros membros. Teve como principal bússola a avaliação crítica da literatura, sendo usados os mais refinados métodos da medicina baseada em evidências, após mais de três meses de reuniões semanais.

Enfim, um parecer construído com expertise de algumas das principais sociedades de especialidades médicas e de instituições de ensino e pesquisa no Brasil.


Contratempos

No decorrer do processo, houve alguns contratempos um tanto estranhos. Aos 7 de outubro de 2021, ele foi retirado de pauta da reunião da Conitec sem discussão com os pares que participaram da elaboração. Depois, em 21 de outubro, uma primeira votação acabou em empate, pois a Anvisa não pode participar.

Na ocasião, a Conitec se comprometeu a abrir com brevidade uma audiência pública, mas nada evoluiu. Preocupada com a morosidade, a AMB, por intermédio do CEM COVID, realizou coletiva no início de novembro, para denúncia à imprensa e aos brasileiros.

Em nota, foi pontuado que as entidades contavam com a sensibilidade das autoridades para assumir firmemente suas responsabilidades com os brasileiros, colocando a saúde dos cidadãos acima de quaisquer outros interesses.

“Só assim teremos a tranquilidade de manter o apoio técnico científico de nossas sociedades de especialidades ao Núcleo de Assuntos Estratégicos do Ministério da Saúde”, dizia o comunicado de CEM COVID.

O grito de alerta da Associação Médica Brasileira fez o Ministério da Saúde vir a público e orientar que a consulta enfim fosse realizada.

Agora, finalmente com a votação favorável ao relatório técnico, o caso está resolvido.

O presidente da AMB, César Eduardo Fernandes, destaca o papel do CEM COVID nessa batalha e cumprimenta todos os membros e especialidades médicas.

“A Associação Médica Brasileira se sente orgulhosa desse grupo e do seu trabalho harmonioso, profícuo em prol da ciência e do bem comum. Precisamos nos espelhar no CEM COVID para várias outras ações e embates que teremos pela frente”.


Quem é quem

Ficaram ao lado da Ciência, em virtude da ineficácia do kit Covid: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Conselho Nacional Saúde (CNS); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério; Secretaria de Vigilância em Saúde.

Votaram para liberar o kit a Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde Indígena (Sesai), de Atenção Primária à Saúde (Saps), de Atenção Especializada à Saúde (Saes)e de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), além do Conselho Federal de Medicina (CFM).

AMB na Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar

Mais uma conquista da AMB em âmbito parlamentar. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em 14 de dezembro, a medida provisória 1.067/2021; ela ajusta a Lei no 9.656, de 3 de junho de 1998, para dispor sobre o processo de atualização das coberturas na rede de saúde suplementar.

A relatora, deputada Silvia Cristina (PDT/RO), acatou emenda para incluir a Associação Médica Brasileira, AMB, na Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar, à qual competirá assessorar a ANS na análise de incorporações e outras questões sensíveis à qualidade da assistência e à prática da boa medicina.

O texto aprovado traz o seguinte destaque:
• um representante da Sociedade de Especialidade médica, conforme a área terapêutica ou o uso da tecnologia a ser analisada, indicado pela Associação Médica Brasileira.

Vale lembrar que, a princípio, a AMB e sociedades de especialidades foram deixadas à margem da Comissão, o que é um absurdo. Especialmente tendo em vista que o associativismo é o braço da Medicina que produz conhecimentos científicos, pesquisas etc.

Contudo, após ação rápida e firme do Núcleo de Apoio Parlamentar, o NAP da Associação Médica Brasileira, foram apresentadas emendas de inclusão pelos deputados Mauro Nazif (PSB/RO), Wolney Queiroz (PDT/PÉ) e Senador Nelsinho Trad (PSD/MS).

Agora a matéria segue para a análise do Senado Federal, não defendo haver dificuldade para a aprovação e sanção.

Projeto pretende criar o Fundo Nacional de Combate ao Câncer

O deputado Weliton Prado (PROS-MG) apresentou o Projeto de Lei 4434/2021, para criar o Fundo Nacional de Combate ao Câncer (Funcancer), com a finalidade de proporcionar recursos e meios para financiar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.

O projeto estabelece os meios em que serão constituídos os recursos para o Funcancer. Entre eles, dotações orçamentárias da União; doações, contribuições em dinheiro, valores, bens móveis e imóveis, que venha a receber de organismos ou entidades nacionais, internacionais ou estrangeiras, bem como de pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras; recursos provenientes de convênios, contratos ou acordos firmados com entidades públicas ou privadas, nacionais, internacionais ou estrangeiras.

Quanto a coordenação do Funcancer, o projeto propõe que seja através de um Comitê Gestor vinculado ao Ministério da Saúde, cuja competência e composição serão estabelecidos em regulamento, sendo assegurada a participação, além do Ministro da Saúde, de quatro representantes do Poder Executivo Federal, quatro representantes da sociedade civil indicados pelo Congresso Nacional, quatro representantes indicados pelos estados e Distrito Federal e representantes indicados pelos Municípios. Além disso, define que os membros serão nomeados pelo Presidente da República por tempo indeterminado, podendo ser alteradas as indicações a qualquer momento e sem aviso prévio.


E agora?

O projeto aguarda despacho da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que definirá por quais comissões a proposta irá tramitar.

Documento:
 PL 4434/2021

Comissão aprova proposta que regulamenta a atividade profissional de sanitarista

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) aprovou o parecer apresentado pelo deputado Mauro Nazif (PSB-RO), na forma do substitutivo aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), ao PL 1821/2021, de autoria do deputado Alexandre Padilha (PT-SP). A proposta dispõe sobre a regulamentação da atividade profissional de sanitarista e dá outras providências.

A proposição tem por objetivo regular aquilo que na realidade já existe e tem se consolidado no mercado de trabalho brasileiro e em nosso sistema de saúde.

No parecer apresentado, o relator destaca que as exigências para a regulamentação profissional estão todas presentes no caso, pois trata-se de mister que exige formação em nível superior, há atribuição de competências e deveres, além de previsão quanto à fiscalização.


E agora?

A matéria segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

Documento:
– PL 1821/2021
– Parecer aprovado na CTASP
– Substitutivo aprovado na CSSF

Plenário do Senado pode votar indicações à diretoria da ANS nesta quarta-feira

O Plenário do Senado Federal pode votar nesta quarta-feira (15), as quatro indicações do Poder Executivo para vagas na diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os nomes foram aprovados pela Comissão de Assuntos Sociais no dia 1º de dezembro, e foram relatadas pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

Dessa forma, os senadores podem votar o nome de Eliane Aparecida de Castro Medeiros. Ela vai ocupar a vaga de Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, que assumiu a função de diretor-presidente da ANS. Eliane Medeiros é formada em direito, com especialização em políticas públicas. É aposentada da Defensoria Pública de Minas Gerais e, no momento, é vice-presidente da Associação de Defensoras e Defensores Públicos no estado. De 2012 a 2013, foi assistente jurídica da Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana do governo de Minas Gerais.

Também pode ser deliberada a indicação do médico cardiologista e geriatra Francisco Antonio Barreira de Araujo. Ele poderá assumir a vaga decorrente do término do mandato de Rogério Scarabel Barbosa. Ele foi diretor do departamento médico e de saúde do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Desde 1975, é médico do Instituto de Assistência aos Servidores no Estado do Rio de Janeiro. É também membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cardiologia e sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Os senadores também devem votar o nome de Maurício Nunes da Silva, indicado para a vaga decorrente do término do mandato de Rodrigo Rodrigues de Aguiar. Formado em administração, com especialização em finanças públicas e mestrado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), Silva é servidor público da ANS desde 2007, onde ocupa atualmente o cargo de diretor-substituto de Fiscalização. Antes foi diretor-adjunto da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da agência.

Outra indicação que deve ser votada é a de Alexandre Fioranelli, indicado para assumir a vaga de Simone Sanches Freire. O médico tem doutorado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, onde desde 2008 é professor e coordenador de cirurgia vascular. Além disso, é coordenador do curso de Cirurgia Endovascular do Hospital Israelita Albert Einstein e chefe de equipe no Hospital Rede D’Or.

Documentos:
 Mensagem 80/2021
– Mensagem 81/2021
– Mensagem 82/2021
– Mensagem 83/2021

Aprovado parecer ao projeto que regulamenta a Terapia Ocupacional

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) aprovou parecer favorável, com substitutivo, apresentado pela deputada Erika Kokay (PT-DF), ao Projeto de Lei nº 3364/2019, que dispõe sobre a regulamentação da Terapia Ocupacional, fixando as competências e preservar as de outras áreas afins como a Fonoaudiologia, a Fisioterapia ou a Medicina.  Propõe ainda que a jornada de trabalho não excederá 30 (trinta) horas semanais.

A proposição tem por objetivo reconhecer o processo de amadurecimento da Terapia Ocupacional e o avanço dos métodos, tecnologias e procedimentos e atividades próprias para tratar distúrbios físicos e mentais como forma de promover a reabilitação das pessoas, que sofreram alguma limitação de autonomia e da capacidade de desempenhar atividades cotidianas.

O substitutivo atende ponderações feitas pela Associação Brasileira de Terapeutas Ocupacionais – ABRATO, bem como outras contribuições, avançando na descrição das competências privativas dos Terapeutas Ocupacionais, em tempo que resguarda as competências específicas das outras áreas afetas à saúde. Cabendo avaliar a dimensão ocupacional por meio de observações, protocolos, testes, exames complementares, relatórios técnicos, prescrevendo e executando métodos e técnicas terapêuticos ocupacionais com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar as habilidades de execução das ocupações.


E agora? 

A matéria seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. 

Documento:
– PL 3364/2019
– Parecer aprovado

Audiência pública na Câmara dos Deputados aborda a nova variante do coronavírus

A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), com participação da Comissão Externa destinada a acompanhar à Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizou audiência pública, nesta quarta-feira (15), para debater sobre a nova variante do Coronavírus. O encontro foi solicitado pela deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), através dos requerimentos 409/2021 e 77/2021.

O Diretor Presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, comunicou sobre a análise da autorização e vacina para a faixa etária dos 5 aos 11 anos, anunciando que o resultado sairá na quinta-feira (16). Além disso, informou que a Coronavac, durante a reunião, entrou com o pedido de análise para a faixa etária de 3 a 17 anos. Ainda, mostrou sobre a importância da Anvisa para o Brasil com o decorrer dos anos e as atuações no enfrentamento da emergência de saúde pública do coronavírus. Falou que no dia 27 de janeiro de 2020 a Anvisa foi o primeiro órgão federal a se manifestar publicamente em coletiva tratando da Covid-19, efetuando a criação do Grupo de Emergência em Saúde Pública para a condução das ações da Agência no que diz respeito ao novo coronavírus. 

Com relação às ações da Anvisa na pandemia, explicou que: foram realizadas 120 autorizações de estudo clínicos exclusivamente de medicamentos para o tratamento do vírus; foi adotada a ferramenta “submissão contínua” para análise de protocolos vacinais”; tiveram 2 registros de vacina concedidos em tempo médio de 30 dias, menor que os aprovados em países desenvolvidos; 2 vacinas para Covid-19 foram autorizadas para uso emergencial em menos de 10 dias; 6 medicamentos foram aprovados para tratamento da Covid, tempo inferior aos de outros países desenvolvidos; e 16 medicamentos para intubação orotraqueal foram liberados para distribuição com a simplificação do processo de registro. 

Ressaltou a transparência da Agência para divulgar notícias, dados e resultados. Mostrou que tiveram 4 editais de chamamento público para recebimento de dados relativos a medicamentos empregados para a manutenção da vida de pacientes infectados pelo Covid-19 e vacinas contra o vírus; 1 edital de chamamento público para recebimento de dados referentes a oxigênio medicinal; 324 solicitações de Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) de produtos de diagnóstico in vitro relacionados à Covid-19; publicação de mais de 30 CBPF relacionados a plantas fabricantes de vacinas contra o vírus e de insumo farmacêutico ativo biológico de vacinas contra Covid-19; mais de 200 medidas preventivas ou cautelosas de produtos utilizados ao combate da pandemia; R$ 66.621.480,24 em multas aplicadas no período por irregularidades na prática de preços; e 59 processos administrativo por infração sanitária. 

Relatou, ainda, que foram regularizados 907 antissépticos para as mãos; 4.313 dispositivos médicos prioritários para o combate à Covid-19 regularizados em 2020 e 2021; 241 autorizações de importação específicas de medicamentos controlados do kit intubação e 66 novos estabelecimentos cadastrados para realizarem importação de medicamentos controlados do kit intubação; 18.790 análises de causalidade de eventos adversos registrados para vacinas contra o vírus; mais de 7.900 notificações relacionadas a produtos para saúde utilizados no contexto da pandemia; 62,19 milhões de frascos de medicamentos para intubação orotraqueal importados; 92,9% de processos de importação de produtos com manifestações no prazo menor que 5 dias; análise de 2.323.498 Declarações de Saúde do Viajante; e 92 atos normativos de caráter extraordinário e temporário publicados exclusivamente para o enfrentamento à pandemia. Por fim, ressaltou que a pandemia não acabou, sendo importante tomar todos os cuidados para o enfrentamento do vírus, como a necessidade das vacinas. 

Meiruze Sousa Freitas, segunda Diretora da Anvisa, ressaltou a importância do papel da Agência desde a sua criação para a regulamentação de preços e ampliação de fabricação de medicamentos no Brasil e por via da importação. Falou que a Anvisa vem acompanhando, juntamente com outros países, o comportamento da nova variante, tendo atenção para as suas mutações. Falou da importância das interações da Anvisa com as principais autoridades, a realização de discussões específicas e o compromisso com a população brasileira, assim, com a eficácia e segurança das vacinas. 

Explicou que a Declaração de Saúde tem a previsão do viajante informar se foi vacinado ou não, e a quarentena é de 14 dias, mas se o passageiro fizer o exame e der negativo poderá ser liberado da quarentena, mas ainda há a monitoramento. Com relação aos estudos sobre a dose de reforço, falou que as desenvolvedoras de vacinas são obrigadas a monitorarem suas vacinas e a manutenção da eficácia e efetividade, porém, os países também realizam os estudos que embasam as decisões das doses de reforço. Sobre os medicamentos em avaliação pela Anvisa, falou que a Agência, atualmente, faz avalição para uso emergencial do medicamento molnupiravir, da Merck, e do medicamento tofacitinibe, da Pfizer com estudo clínico conduzido no Brasil, além da avaliação de duas vacinas com pedido de uso emergencial, da CanSino e da Sinopharm. 

Rosana Leite de Melo, Diretora da SECOVID, do Ministério da Saúde, explicou o papel da Secretaria do Enfrentamento à Covid em dar coordenação a nível do Ministério da Saúde e ressaltou a importância do encontro. Abordou o cenário da pandemia no Brasil e no mundo com o número de óbitos, casos e vacinação, além das ações de planejamento de cobertura de vacinação em 2021 no território nacional, tendo o início da campanha em janeiro deste ano. Mencionou que, até o momento, os dados estão desatualizados devido aos ataques provocados por hackers.

Explicou que há 12 casos confirmados de pacientes infectados pela Variante Ômicron (VOC), afirmando que pode ter a tendência de uma maior transmissibilidade. Explicou sobre as medidas de vigilância genômica, como a implantação do sequenciamento genético. Informou as principais recomendações para a prevenção da variante, como: aumentar a cobertura vacinal; aplicar a dose de reforço; reforçar a vigilância laboral para detecção precoce de viajantes visando minimizar a disseminação da VOC; e reforçar as medidas não farmacológicas. 

Nereu Henrique Mansano, assessor Técnico do CONASS, mencionou sobre a importância do debate e a necessidade da exigência do certificado de vacinação do Covid-19 para a entrada de viajantes. Falou sobre o elevado grau de transmissibilidade da VOC em comparação com as outras variantes e ressaltou o papel fundamental da vacinação em reduzir o número de óbitos e de casos graves, além dos cuidados já instituídos no país, como o uso de máscara, e da ampliação da dose de reforço. Por fim, falou da importância das informações e criticou os ataques sofridos por hackers. 

Anderson Brito, biólogo, microbiologista e pesquisador em epidemiologia genômica no Instituto Todos Pela Saúde (ITpS), em São Paulo, explicou como surgem as variantes virais. Ressaltou a disseminação rápida da Ômicron em condições favoráveis, como a não utilização de máscaras e pessoas não vacinadas. Com relação ao Brasil, falou que é necessário a atenção com relação a transmissibilidade versus escape imunológico. 

Abordou sobre a importância do diagnóstico molecular, como o RT-PTC, a vigilância genômica, onde há espaço para melhoria no país, e a necessidade de implementar medidas para reduzir a velocidade de disseminação da variante, como a implementação do certificado de vacinação. Por fim, falou que ainda há muito o que aprender sobre o real impacto da Ômicron no Brasil, mas dados que vêm de outros países servem de alerta, além disso, testagem e vigilância são importantes, além do uso de máscaras e das vacinas, 

André Zaca Furquim, Delegado de Polícia Federal, Coordenador Geral de Polícia de Imigração Substituto, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, falou que Polícia Federal apoia os trabalhos realizados pela Anvisa, solicitando o apoio da Agência em uma espécie de triagem, ou até mesmo criando um roteiro que possa ser melhor utilizado para que a Anvisa fiscalize os requisitos sanitários e a polícia, os demais. Mencionou sobre o certificado de vacinação, falando que pode trazer certa complexidade ao viajante estrangeiro, mas que pode vir a ser amadurecido. Mencionou que a Polícia Federal tem limites de atuação, necessitando a ajuda da Anvisa no controle das fronteiras. 

Lorena Chaves, biomédica e virologista, ressaltou a importância da vacinação e a necessidade da dose de reforço e enfatizou a rápida disseminação da nova variante. Explicou que a forma de prevenção não muda muito com relação às outras variantes, como o uso de máscaras, distanciamento, higienização e locais ventilados. Sobre as evidências científicas atuais em relação às vacinas para a Ômicron, abordou que há reinfecções, mas que a dose de reforço é efetiva. 

Por fim, mostrou as ações que podem ter impacto positivo no combate à VOC, como: campanha nacional de conscientização para a dose de reforço; disponibilidade de vacinas para essa campanha; incentivo a medidas preventivas, produção e ampla distribuição de material informativo sobre como combater o covid-19; e incentivo financeiro a pesquisas. 

Parlamentares

Deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) elogiou a atuação da Anvisa contra a Covid-19. Ressaltou que foi a última reunião da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 do ano de 2021, porém o trabalho ainda não se encerra, pois há a necessidade de acompanhar como a nova variante irá se comportar no Brasil. Falou que é importante fazer uma avalição do momento atual com a VOC e o que será preciso fazer com base nos cuidados, principalmente com as festas de final de ano. Ressaltou a importância da vacinação das crianças na faixa etária dos 5 aos 11 anos para a ampliação da cobertura vacinal no Brasil, além da manutenção dos cuidados estabelecidos para o enfrentamento da pandemia. 

O Presidente da CSSF, deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ) falou que o Brasil deve à Diretoria Colegiada da Anvisa muitos dos avanços com relação ao enfrentamento à Pandemia pelo Covid-19, agradecendo, assim, o Órgão. Falou que desde o início a Anvisa vem dando resposta aos momentos da pandemia com a agilidade e facilidade de entrada de novos equipamentos e insumos, além da liberação de equipamentos produzidos em território nacional.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ressaltou a importância da vacinação e da dose de reforço, porém há a necessidade do cuidado com as fronteiras, citando a importância do certificado de vacinação, o qual deve ser exigido no território nacional além da exigência de teste realizado nas últimas 72 horas. Logo, afirmou a importância das medidas para o enfretamento da pandemia já estabelecidas. 

O deputado Osmar Terra (MDB-RS) explicou sobre a imunidade natural produzida pelo próprio vírus e a sua importância, sendo muitas vezes superior à imunidade produzida pelas vacinas. Mencionou que as vacinas de RNA mensageiro significam terapia gênica, desenvolvida para tratar câncer, logo, há a realização de uma experiência em escala mundial com terapia gênica para tratar o vírus. Além disso, criticou o passaporte vacinal e afirmou que os anticorpos são a única forma de mostrar se a pessoa está protegida ou não, ressaltando a necessidade dos testes.

Irregular e desaconselhada por médicos, ozonioterapia é praticada em clínicas brasileiras

Mesmo desaconselhada por especialistas, a ozonioterapia ganha tração no Brasil. Reportagem publicada no Globo, aponta que clínicas especializadas oferecem o serviço em diversas localidades do país. Nesses locais, defende-se que a prática oferece mais de 200 benefícios aos usuários e colabora para a melhora da saúde ou bem-estar de pacientes que sofram diferentes doenças: de autismo a câncer. Trata-se, contudo, de uma prática irregular pois todas as máquinas de ozônio liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possuem uso autorizado apenas para fins estéticos (como na limpeza de pele) e na odontologia. Em nota, a agência informou à reportagem que “atualmente, não existem equipamentos de ozonioterapia com finalidade terapêutica ou preventiva médica regularizados junto à Anvisa. No caso de produtos com indicações de uso diferentes daquelas já aprovadas pela Anvisa, a situação é irregular”. Para acessar a matéria completa, clique aqui.